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Dono da UTC depõe e confirma propina ao PT

Ricardo Pessoa, afirmou nesta quarta-feira em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, que os pagamentos de propinas seriam 'contrapartida' por contratos

Por Da redação
Atualizado em 2 fev 2017, 10h07 - Publicado em 2 fev 2017, 10h07
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  • O dono da UTC, Ricardo Pessoa, confirmou nesta quarta-feira em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro que pagou propinas ao PT, entre 2004 e início de 2013, e discutiu sobre a corrupção na Petrobras com executivos da Odebrecht. A empreiteira — cujo acordo de delação foi homologado na segunda-feira passada pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia — é acusada de repassar dinheiro desviado dos contratos da estatal ao partido, a pedido do ex-ministro Antonio Palocci.

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    Pessoa foi a primeira testemunha ouvida por Moro, na retomada dos trabalhados da Lava Jato, em 2017, em Curitiba. Delator desde 2015, o dono da UTC foi chamado pelos procuradores da força-tarefa da Lava Jato como testemunha de acusação, no processo em que Palocci — ex-titular da Fazenda no governo Lula e da Casa Civil no governo Dilma Rousseff — é réu, ao lado de Marcelo Odebrecht e do marqueteiro João Santana.

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    Segundo Pessoa, os pagamentos de propinas seriam “contrapartida” por contratos da Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Ele citou propinas na Refinaria Getúlio Vargas, no Paraná, e no Comperj, no Rio, além de acerto em contratos de construção de plataformas, em parceria com a Odebrecht.

    Alvo principal do processo, Palocci é acusado de ser o responsável pelo acerto com empreiteiras. Ele está preso desde setembro de 2016. Pessoa disse que nunca tratou com o ex-ministro, mas com o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, preso desde abril de 2015.

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    O dono da UTC afirmou ainda que os pagamentos eram repassados de duas formas: “ou pagamento direto na conta nacional do partido ou em espécie”. Pessoa disse que havia uma “conta geral” da propina.

    Advogado de Palocci, José Roberto Batochio disse que seu cliente é inocente e que os delatores não poderiam ser ouvidos pelo juízo como testemunhas, mas como informantes. O PT afirmou que todas as doações recebidas foram legais. A defesa de Vaccari não foi localizada. A Odebrecht não comentou, mas disse colaborar com a Justiça.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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