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Acordo obriga Odebrecht a decifrar arquivos do ‘setor da propina’

Procuradoria-Geral da República havia pedido ajuda ao FBI, que estimou em 103 anos o tempo necessário para quebrar barreiras de segurança de sistema

Por Da redação
26 jan 2017, 17h11

A Odebrecht fez acordo com o Ministério Público Federal que a obriga a entregar e decifrar, para procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, os arquivos e códigos do banco de dados que armazena a memória eletrônica do Setor de Operações Estruturadas da empresa, conhecido como “setor da propina”.

Avaliação feita pelo FBI, a polícia federal americana, a pedido da Procuradoria-Geral da República, é que, sem ajuda da Odebrecht, seriam necessários 103 anos para superar o sofisticado sistema de proteção da empreiteira.

No servidor da empreiteira, retido na Suíça, estão os ordenamentos de repasses a políticos, o controle de contas secretas em nome de offshores, pedidos de propinas para agentes públicos, as planilhas com balanço de fluxo financeiro semanal e outras provas de crimes cometidos no Brasil e fora dele.

“Prestar à força-tarefa da Lava Jato em Curitiba todas as informações que as empresas de seu grupo econômico dispuserem ou puderem obter para esclarecer os dados encontráveis em sistemas eletrônicos e base de dados eletrônicos”, diz um dos subitens da cláusula 6ª do acordo de leniência da Odebrecht.

Espécie de delação para empresas, em processos cíveis, o termo de leniência foi assinado entre a empreiteira e o Ministério Público Federal no dia 1º de dezembro e tornado público na última sexta-feira. Para ter validade, precisa ainda ser apresentado ao juiz federal Sergio Moro e homologado.

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A Odebrecht se comprometeu a entregar “documentos, provas, dados de corroboração, sistemas eletrônicos e de informática (inclusive todos os dados do sistema Drousys), base de dados, entrevistas documentadas e depoimentos prestados pelos prepostos”. O sistema Drousys era a rede de comunicação interna, uma espécie de intranet, do “setor da propina”. Com sistema de comunicação fechado – sem acesso para terceiros – e servidor na Suíça, era uma garantia de comunicação segura e secreta usada pela empresa.

Os arquivos do sistema fazem parte das provas que a empreiteira promete entregar se forem homologadas as delações dos 77 executivos e ex-executivos do grupo e o acordo de leniência. As delações serão analisadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pelo relator que substituirá o ministro Teori Zavascki, morto na última quinta-feira em acidente de avião.

(Com Estadão Conteúdo)

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