Um agente prisional e 27 familiares de presos foram liberados na manhã desta segunda-feira no Complexo Penitenciário Advogado Antônio Jacinto Filho (Compajaf) em Aracaju, Sergipe. Elas faziam parte das mais de 120 pessoas mantidas reféns na rebelião iniciada na tarde deste domingo, durante o horário da visita aos detentos. A polícia continua em frente do local e negocia com os amotinados, que ocupam o telhado da instituição e, armados com revólveres, facas e pedaços de pau, ameaçam os reféns.
A penitenciária tem aproximadamente 450 presos, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP). O objetivo do levante, de acordo com a polícia, é pedir mudanças na direção da instituição. Eles pedem a troca do diretor da Compajaf. Os presos dizem que há sessões de tortura no local e, aos negociadores da Polícia Militar, que vão entregar uma lista com os nomes dos funcionários envolvidos.
Negociação – No fim da manhã desta segunda, a polícia retomou as negociações que tinham sido paralisadas durante a madrugada. Os presos exigem as presenças de um advogado, que já está no local, dos secretários de Justiça e de Segurança Pública, além de um juiz e de um representante do Ministério Público de Sergipe.
Policiais civis e militares de várias unidades especializadas continuavam de prontidão na parte externa e na entrada da unidade prisional. O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também estavam presentes. Não houve cortes de energia e de fornecimento de água ao presídio, segundo a SSP.