Depoimento de médica de Marcelo é adiado
Neiva Damasceno alegou que não poderia comparecer por problemas pessoais; três colegas do garoto suspeito de matar a família serão ouvidos
A médica Neiva Damasceno, que tratava do adolescente Marcelo Pesseghini, alegou problemas pessoais e não compareceu ao depoimento que estava marcado para a manhã desta terça na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Neiva tratava do garoto de 13 anos, suspeito de matar a família no dia 5 de agosto, na Vila Brasilândia, Zona Norte da capital paulista.
Marcelo era portador de uma doença genética chamada fibrose cística, que impede a produção de enzimas essenciais para a alimentação e causa complicações respiratórias. Ele também era diabético e fazia uso recorrente de insulina.
Os investigadores esperam que o depoimento da médica ajude a esclarecer alguns pontos sobre o estado de saúde do menino no dia do crime, entre eles se a doença poderia alterar o seu comportamento ou qual era a sua expectativa de vida. A oitiva foi remarcada para a quinta-feira.
Devem ser ouvidos ainda nesta terça três colegas de classe de Marcelo. Segundo a polícia, esses depoimentos são considerados complementares e tem como objetivo traçar um perfil psicológico de Marcelo. Iniciada a terceira semana de investigações, a polícia já colheu os depoimentos de 32 pessoas.
Segundo a Polícia Civil, o inquérito deve ser entregue no início de outubro – o prazo pode ser prorrogado por 30 dias, se necessário. Os investigadores ainda aguardam o resultado de laudos técnicos, como o toxicológico e o de necropsia. A conclusão dos exames determinará quando cada vítima foi morta e se estavam sob efeito de remédios.
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