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Delegacia amanhece lacrada no Rio. Denúncia é de corrupção envolvendo policiais, empresas e prefeituras

Draco, que prendeu milicianos, passará por devassa em seu acervo. Denúncias expõem disputa entre delegados Allan Turnowski e Cláudio Ferraz

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 fev 2011, 11h03
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  • As denúncias que envolvem a Draco são de corrupção de um de seus inspetores e de acobertar irregularidades também em prefeituras do interior do estado. Estão na delegacia, desde a manhã, o delegado Cláudio Ferraz, que comandou a unidade nos últimos anos, e o corregedor interno da Polícia Civil, Gilson Emiliano Soares

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    A sucessão de acusações de corrupção contra policiais civis e militares no Rio, que resultaram na sexta-feira em 38 prisões – a maioria delas de agentes de segurança do estado – tem novo capítulo nesta segunda-feira. Desde o domingo, está lacrada a sede da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco). A unidade, que concentrou a investigação sobre os grupos de milícias e efetuou mais de 200 prisões nos últimos quatro anos, passa, desde o início da manhã, por uma correição extraordinária em seu acervo cartorário.

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    As denúncias que envolvem a Draco são de corrupção de um de seus inspetores e de acobertar irregularidades também em prefeituras do interior do estado. Estão na delegacia, desde a manhã, o delegado Cláudio Ferraz, que comandou a unidade nos últimos anos, e o corregedor interno da Polícia Civil, Gilson Emiliano Soares.

    A ação na Draco traz, no entanto, alguns fortes indicativos de que está em curso uma disputa interna entre os principais delegados da Polícia Civil no Rio. Cláudio Ferraz, que acabara de ser nomeado subsecretário de Contra Inteligência pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, foi também um dos responsáveis pela prisão do delegado Carlos Oliveira, na Operação Guilhotina. Oliveira, que se apresentou na noite da última sexta-feira, é acusado de participar de uma quadrilha que revendia armas a traficantes e vazava informações sobre operações policiais.

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    Oliveira era braço-direito do chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski. A investigação, apesar de não comprometer formalmente Turnowski, o deixou em situação delicada. Depois de dizer que o chefe de polícia gozava de sua confiança, Beltrame, no sábado, afirmou que ele, nem nenhum delegado, tem “carta branca” para agir. Turnowski e Ferraz chegaram a disputar a indicação para chefiar a instituição, em 2009.

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    Na sexta-feira, Beltrame havia decidido que a Draco passaria a se reportar diretamente à Secretaria de Segurança, não mais à chefia de Polícia Civil. A devassa na delegacia surpreendeu os agentes e, segundo declarou Turnowski, foi autorizada pelo secretário.

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    Pela manhã, Cláudio Ferraz afirmou que tinha conhecimento das denúncias de corrupção contra policiais da unidade, mas não deu detalhes sobre quais seriam os envolvidos nem os inquéritos em análise.

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