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Defesa de Marcos Pereira pede habeas corpus

Advogado diz que pastor preso por estupro é inocente e que crimes atribuídos a ele já teriam prescrito; em nota, igreja fala de "perseguição religiosa"

Por Da Redação
9 Maio 2013, 11h42

A defesa do pastor evangélico Marcos Pereira da Silva protocolou pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) no fim da tarde desta quarta-feira. O pastor foi preso na noite de terça após a expedição de dois mandados de prisão preventiva com base em acusações de estupro – como VEJA revelou em 2012. “Meu cliente é inocente. Não tem coerência a Justiça decretar, em 2013, prisão preventiva por crimes supostamente cometidos em 2006 e 2009”, afirmou o advogado Marcelo Patrício, acrescentando que o pastor está sendo vítima de “perseguição religiosa”.

“Além disso, na época vigorava a antiga lei de estupro. O crime era uma ação penal privada, e as vítimas tinham seis meses para denunciar. Mesmo se ele fosse culpado, os crimes estariam prescritos”, acrescentou o defensor de Marcos Pereira. O TJ-RJ deve decidir ainda nesta quinta-feira se o religioso poderá responder aos dois processos de estupro em liberdade. Os pedidos de prisão do pastor partiram da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) e foram expedidos na semana passada pelas 1ª e 2ª Varas Criminais de São João de Meriti, município da Baixada Fluminense onde fica a sede da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (Adud), comandada por Marcos Pereira.

Pereira também é investigado por homicídio, por ligação com traficantes de drogas e por promover orgias aproveitando-se da fachada de ser líder de uma instituição religiosa. Ao sair da DCOD, no bairro do Andaraí, Zona Norte do Rio, na manhã de quarta-feira, Marcos Pereira não quis se manifestar. Ele foi encaminhado à Cadeia Pública Bandeira Stampa, no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio, de acordo com a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap). Apesar de não ter curso superior, o religioso ocupa uma cela individual.

Após a prisão do pastor, o site da Adud publicou uma nota, com o título “Contra a injustiça”. No texto, Marcos Pereira é comparado a Jesus Cristo e outros profetas. “A Bíblia ensina que não há evangelho sem perseguição. Daniel, Paulo, Pedro, Thiago, João Batista, o próprio Jesus e outros profetas foram presos, caluniados, não tiveram chance de uma ampla defesa sendo condenados por poderosos perseguidores políticos.”

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Doutrina – O site da Adud também traz detalhes sobre sua doutrina. Os fiéis são proibidos, por exemplo, de ler jornais e revistas e de assistir televisão. “Sabemos que hoje a televisão é um dos maiores meios de comunicação que temos, porém destrói vidas, tanto crentes quanto não crentes, pois vemos que através dela somos cercados de mentiras e heresias.”

Os seguidores da igreja também não devem comer carne de porco, beber Coca-Cola, ter plantas ou criar animais em casa, bem como usar vermelho e preto: “essas são cores usadas para identificação satânicas”. As mulheres não devem cortar o cabelo, nem usar perfumes ou maquiagens. Também são proibidas de usar métodos anticoncepcionais. Já os homens devem trajar “calças compridas, camisas sociais de mangas longas, camisetas por debaixo da camisa social”. Durante os cultos, apenas terno completo com gravata. “O homem de Deus deve mostrar seu corpo somente para sua esposa. Sempre excluindo as cores pretas e vermelhas”, diz o texto.

(Com Estadão Conteúdo)

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