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Pastor Marcos Pereira é acusado de estuprar menores e de matar uma delas

Delegado da Polícia Civil afirma que lista de vítimas de abuso pode ter vinte jovens. Três dos casos já em poder da polícia são referentes a menores. Menina que escapou de estupro foi assassinada

Por Pâmela Oliveira e Leslie Leitão
Atualizado em 10 dez 2018, 10h02 - Publicado em 8 Maio 2013, 12h15

A lista de crimes atribuída ao pastor Marcos Pereira, preso na noite de terça-feira no Rio de Janeiro, vai muito além dos estupros que resultaram em dois mandados de prisão preventiva. Na manhã desta quarta-feira, o delegado titular da Delegacia Especial de Combate às Drogas (DCOD), Márcio Mendonça, afirmou que Pereira é investigado também por homicídio, por ligação com traficantes de drogas e por promover orgias aproveitando-se da fachada de ser líder de uma instituição religiosa. A prisão de agora foi motivada por cinco acusações de estupro – há ainda uma sexta acusação, feita pela ex-mulher do pastor, mas que ainda não seguiu para a Justiça. Dos cinco que resultaram em mandados de prisão, três têm como vítimas meninas menores de idade.

A acusação de homicídio que consta em um inquérito é assustadora. A mãe da vítima contou à polícia que a filha escapou de uma tentativa de estupro, atacada pelo pastor. Depois de se livrar dele, a menina teria começado a descobrir episódios de violência sexual e detalhes de orgias promovidas por Marcos Pereira. A jovem terminou assassinada, e um dos condenados pelo crime é um sobrinho de Pereira. A mãe da jovem afirmou à polícia não ter dúvidas do envolvimento do pastor com o crime.

Pastor Marcos Pereira é preso por estupro no Rio

De acordo com o delegado Márcio Mendonça, o pastor Marcos Pereira usava sua condição de líder religioso para convencer as vítimas a praticar sexo com ele. “Ele usava seu poder de convencimento. Dizia para as pessoas que elas estavam possuídas pelo demônio e que por isso precisavam ter relações sexuais com uma pessoa santa. As vítimas, sempre pessoas carentes, acreditavam que estavam se libertando”, afirmou.

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Chefes do tráfico – A Polícia Civil investiga denúncias de que Marcos Pereira acobertava traficantes, escondia armas em templos e que criava encenações para impressionar os fieis da Assembleia de Deus dos Últimos Dias. Entre as vítimas de estupro estão duas seguidoras da seita que são parentes de chefes do Comando Vermelho: a filha de um chefão do tráfico na Zona Norte, menor de idade, e a irmã de outro criminoso.

A partir das denúncias contra Marcos Pereira, foram ouvidas trinta testemunhas. Os relatos obtidos pela polícia indicam que, além dos seis casos de abuso sexual, Marcos Pereira pode ter feito pelo menos outras vinte vítimas de estupro. O medo, segundo o delegado, dificulta que as vítimas procurem a polícia. A polícia pede que as vítimas prestem depoimento para colaborar com as investigações.

Nos inquéritos, fica evidente o poder de manipulação de Marcos Pereira sobre as vítimas. Uma delas, em entrevista ao site de VEJA, afirmou que passou a considerar melhor ser abusada. “Com o tempo, passei a achar melhor ceder aos estupros, porque assim evitava que ele se contaminasse com mulheres da rua”, disse.

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