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Defesa de Lula diz que novas mensagens desmontam tese de Moro

Diálogos reveladas neste domingo pela Folha em parceria com o Intercept colocam em dúvida decisão do ex-juiz em 2016

Por Redação
Atualizado em 8 set 2019, 16h32 - Publicado em 8 set 2019, 16h13

Neste domingo, o jornal Folha de S. Paulo e o site The Intercept Brasil revelaram registros de conversas grampeadas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aliados, como Michel Temer, em 2016. O material, que esteve sob sigilo todos esses anos, mostra que Lula relutou em aceitar o convite de Dilma para ser ministro da Casa Civil. As conversas enfraquecem a tese usada por Moro de que o ex-presidente assumiria o cargo para travar investigações sobre ele.

Em nota publicada no Twitter do ex-presidente, a defesa de Lula disse que as conversas reveladas mostram “grosseiras ilegalidades praticadas pelo ex-juiz Sérgio Moro e pelos procuradores da Lava Jato“.

Em outro trecho, a defesa afirma: “O ex-juiz Sergio Moro, os procuradores e o delegado da Lava Jato de Curitiba selecionaram conversas telefônicas mantidas por Lula, escondendo dos autos e do Supremo Tribunal Federal aquelas que mostravam a verdade dos fatos, ou seja, aquelas que deixavam claro que o ex-presidente aceitou o cargo de Ministro de Estado para ajudar o governo e o país e não para qualquer outra finalidade ligada às investigações da Lava Jato”. 

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Na época das conversas, Moro vazou um áudio de 1 minuto e 35 segundo no qual a então presidente Dilma Rousseff tratava com Lula sobre sua possível posse como ministro. O diálogo fez com que o STF anulasse a posse de Lula.

Os novos registram revelam a análise de 22 conversas do ex-presidente, grampeadas após o pedido de interrupção da escuta, no dia 16 de março de 2016. Segundo reportagem da Folha, as conversas foram gravadas porque “as operadoras de telefonia demoraram a cumprir a ordem de Moro e o sistema usado pela PF continuou captando as ligações.”

Em nota à Folha, o Ministério da Justiça afirmou que Moro não soube dessas gravações enquanto era juiz.

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A revelação dos diálogos gerou repercussão. Na mesma rede social em que a defesa de Lula publicou sua nota, Fernando Haddad publicou: ” Hoje ficamos sabendo que Moro ou a PF conheciam os fatos, mas cometeram o crime de vazamento seletivo e ilegal para fortalecer o impeachment.”

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A ex-presidente Dilma Roussef escreveu “Judiciário ainda pode cumprir seu papel constitucional, corrigindo ilegalidades e anulando decisões partidarizadas”.

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Ainda segundo a Folha, o STF pode analisar se as novas mensagens divulgadas poderão ser usadas como provas para contestar a conduta de Moro e dos procuradores. 

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