Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Consea pede veto ao Código Florestal

Por Da Redação
24 Maio 2012, 09h00

Por Giovana Girardi

São Paulo (AE) – O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) recomendou nesta quarta que a presidente Dilma Rousseff vete integralmente o projeto de lei aprovado na Câmara no final de abril que flexibiliza o Código Florestal. Dilma tem até amanhã, sexta-feira para se manifestar sobre o texto.

Para o Consea, a justificativa do agronegócio de que o setor não pode abrir mão de área onde ocorre produção agrícola para recompor vegetação � sob o risco de faltar comida no País � não só não se justifica como pode ter um efeito exatamente contrário.

Em reunião do órgão consultivo, que assessora a Presidência da República, os 57 conselheiros foram unânimes em dizer que será a sanção do texto da Câmara que poderá provocar na prática “graves impactos sobre a segurança alimentar e nutricional da população brasileira”.

Eles defendem que vários dispositivos presentes no projeto aprovado pelos deputados federais “ameaçam destruir recursos hídricos e florestais”, colocando a própria agricultura em risco,

Continua após a publicidade

“Não é verdade que precisamos comprometer os recursos florestais para produzir mais alimentos”, afirma o conselheiro Renato Maluf. “Os problemas alimentares do mundo não são de falta de produção, mas de dificuldade de acesso à comida. O desafio não é aumentar a quantidade de alimento, mas modificar a maneira como produzimos. Se simplesmente ampliarmos o modelo atual, o planeta não aguenta.”

O Consea rebate manifestações da bancada ruralista de que um Código Florestal um pouco mais restritivo, como o do Senado, significaria abrir mão de mais de 30 milhões de hectares de área de produção no Brasil. Para Maluf, eles estão “tergiversando para esconder interesses mesquinhos” que não têm nada a ver com produção de comida.

Impacto real

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta quarta mostrou cálculos que apontam que a real perda de área produtiva para a restauração seria de cerca de 10% desse número. “É um falso dilema. Na hora de restaurar as paisagens, não precisará ser em área e plantio, de solo espetacular. Poderão ser escolhidas áreas de menor capacidade de produção, que sejam áreas degradadas”, afirmou Arnaldo Carneiro Filho, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.