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Começa o quarto dia do julgamento de Lindemberg Alves

Julgamento entra na reta final, com os debates entre defesa e acusação e a posterior decisão dos jurados. Na quarta, o réu admitiu ter atirado em Eloá

Por Da Redação
16 fev 2012, 06h42

Começou por volta das 10 horas desta quinta-feira o quarto dia do julgamento de Lindemberg Alves, acusado de matar Eloá Pimentel em 2008. A primeira a falar no plenário será a promotora Daniela Hashimoto, que deve discorrer por aproximadamente uma hora. Em seguida, será a vez da advogada Ana Lúcia Assad. Ana Cristina, mãe de Eloá, e o irmão da vítima estão na plateia. Ana Cristina está vestida de branco e não de preto, como nos dias anteriores.

Após os debates da defesa e da acusação, os jurados decidirão se absolvem ou condenam o réu. Então, a juíza Milena Dias vai ler a sentença e, em caso de condenação, estipular a pena de Lindemberg. O réu chegou ao Fórum de Santo André por volta das 8h20 desta quinta.

A sessão desta quarta-feira foi marcada pelo depoimento do réu, que falou pela primeira vez sobre o crime. Ele respondeu a mais de trezentas perguntas da juíza, da Promotoria e dos assistentes de acusação e de sua defesa durante mais de cinco horas. Foi perguntado pelo assistente de acusação José Beraldo, por exemplo, por que não chorou ao falar sobre Eloá. “Eu não estou aqui para dar um show nem para emocionar ninguém”, disse.

O réu disse que, ao entrar no local, em 13 de outubro de 2008, esperava encontrar Eloá sozinha e estranhou o fato de ela estar com amigos, pois, segundo ele, informava cada passo que dava – Lindemberg revelou nesta quarta que os dois haviam reatado menos de uma semana antes do crime. Já no interior do imóvel, acabou ouvindo de Victor, um dos jovens presentes, que ele teria beijado a jovem – o que foi prontamente negado por Nayara, que começou a berrar. Foi então que Lindemberg mostrou a arma ao grupo pela primeira vez, criando um clima de tensão.

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O sequestro, como se sabe, durou mais de cem horas e terminou de forma trágica, com a morte de Eloá e Nayara Rodrigues da Silva, a refém que voltou ao cativeiro, baleada. Ele adotou várias estratégias para alcançar seu intuito, como a decisão de negociar a liberação de Iago Vilela de Oliveira e Victor Rodrigues da Silva. “Quando os meninos quiseram descer, usei isso para reivindicar algumas coisas da polícia”.

Mais cedo, ele pedira perdão à mãe de Eloá. No fim do julgamento, fez o mesmo em relação ao pai dela. Para a acusação, a linha de argumentação de Lindemberg, que confessou pela primeira vez desde o crime ter atirado em Eloá, não surtirá efeito. “A confissão do Lindemberg não vai reduzir a pena”, afirmou Beraldo, que classificou o que ele apresentou ao júri como um “engodo”. A acusação deve pedir uma pena de sessenta anos.

(Com reportagem de Carolina Freitas e Cida Alves)

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