A Polícia Civil indiciou, nesta quinta-feira, cinco policiais militares pela morte do jovem Paulo Roberto Pinho, na madrugada do dia 17 de outubro, na favela de Manguinhos, na Zona Norte do Rio. O rapaz, de 18 anos, foi morto após ter sido abordado por PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de Manguinhos. Um dia após a morte, parentes afirmaram que ele foi espancado pelos PMs, que negam o crime.
O resultado da necropsia realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) reforça a tese de que o jovem foi espancado. Segundo o delegado titular da 21º DP (Bonsucesso), José Pedro da Costa e Silva, o laudo concluiu que a morte foi provocada por asfixia mecânica, o que fundamentou o indiciamento dos PMs por homicídio qualificado.
Na época do crime, o Comando de Polícia Pacificadora (CPP) chegou a afirmar que Paulo Roberto desmaiou antes de ser abordado pelos policiais da UPP, e que o jovem, que tem sete passagens pela polícia, teria usado drogas. Uma testemunha, no entanto, afirmou ter visto Paulo Roberto sendo atingido por uma joelhada no tórax durante a abordagem policial, em um beco estreito da favela.
O delegado que investiga o caso vai fazer a reconstituição do crime para definir qual foi a participação de cada um dos cinco policiais. Eles terão as prisões temporárias pedias à Justiça nesta sexta-feira.
Amarildo – O caso lembra a morte do pedreiro Amarildo dos Santos, torturado e assassinado por policiais da UPP da Rocinha, na noite de 14 de julho, apos ter sido conduzido para averiguações na sede da UPP.
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