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Cinco assuntos para começar seu dia

VEJA traz as principais informações sobre o impacto da pandemia de coronavírus no Brasil e no mundo nesta quarta-feira

Por Da Redação Atualizado em 8 abr 2020, 10h15 - Publicado em 8 abr 2020, 07h55
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  • As regras e o cronograma do auxílio emergencial de 600 reais, o recorde de mortes pelo novo coronavírus no Brasil, a hidroxicloroquina utilizada como “arma” pelos bolsonaristas, o arquivamento de representações contra Jair Bolsonaro e os pedidos de Paulo Guedes ignorados pelo presidente. Esses são os cinco principais assuntos para você começar o seu dia bem-informado.

    REGRAS DO ‘CORONAVOUCHER’

    Cinco dias após Bolsonaro sancionar o auxílio emergencial de 600 reais, conhecido como ‘coronavoucher‘, a Caixa Econômica Federal lançou o site e o aplicativo onde os trabalhadores informais, autônomos e Microempreendedores Individuais (MEIs) podem solicitar a ajuda temporária. Informais que já estão no CadÚnico e beneficiários do Bolsa Família não precisam fazer o cadastro. Confira aqui como se inscrever. O benefício será pago por três meses, que podem ser prorrogados futuramente, e busca atenuar os efeitos da crise econômica provocada pela pandemia na população mais vulnerável. Confira aqui o cronograma completo de pagamento das três parcelas do auxílio. A intenção do governo é que os depósitos comecem a ser feitos nesta quinta-feira 9.

    VÍRUS SEM TRÉGUA

    O Ministério da Saúde confirmou a morte de 114 pessoas e 1.661 novos casos do novo coronavírus no Brasil nas últimas 24 horas, os números são os maiores desde o início da epidemia no país. A taxa de mortalidade também subiu: de 4,6% para 4,9%. O estado mais afetado é São Paulo, com mais de 5,6 mil casos, seguido por Rio de Janeiro e Ceará. Já no país mais afetado pela doença, os Estados Unidos, foram 1.970 óbitos em apenas um dia, sendo 731 no Estado de Nova York, que bateu o recorde diário. Apesar disso, o governador Andrew Cuomo afirmou que as hospitalizações estão se estabilizando e que isso pode ser um bom sinal. No país inteiro, o total de casos passa de 400 mil. Apesar disso, o presidente Donald Trump ameaçou suspender a contribuição dos EUA à OMS, por entender que a organização cometeu uma série de erros e está “muito centrada” na China.

    A POLÊMICA DA CLOROQUINA

    Mesmo sem ter sua eficácia comprovada, a hidroxicloroquina é defendida por Jair Bolsonaro como forma de combater o novo coronavírus. A insistência no tema transformou o remédio em uma “arma ideológica” do bolsonarismo nas redes sociais. Um exemplo: o próprio presidente questionou na terça se o médico David Uip, integrante da equipe do desafeto João Doria, havia tomado o medicamento em seu tratamento contra o vírus. Apesar da pressão do Planalto, Luiz Henrique Mandetta resiste a recomendar o uso geral da cloroquina. A droga vem sendo administrada a pacientes graves e críticos em alguns hospitais e o ministro declarou que cabe a cada médico, “com base em suas convicções”, prescrever ou não o remédio nas fases iniciais da doença e se responsabilizar por isso. Enquanto os estudos científicos continuam, o debate ainda está longe do fim.

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    REPRESENTAÇÕES ARQUIVADAS

    Seis representações que pediam a abertura de investigação criminal contra Bolsonaro por causa de suas ações durante a crise sanitária causada pela Covid-19 foram arquivadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Os documentos buscavam que o presidente fosse denunciado pela prática do crime tipificado no artigo 268 do Código Penal (“Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa”), cuja pena é de detenção de um mês a um ano e multa. O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, entendeu, no entanto, que não há como imputar a Bolsonaro o crime de descumprimento de medida sanitária preventiva porque não havia uma ordem dessa natureza vigorando. Resta saber se a decisão vai influenciar na forma como o presidente está conduzindo a crise.

    PAULO GUEDES NA FILA

    Em meio à crise sanitária e à disputa com Mandetta, Bolsonaro tem deixado o ministro da Economia, Paulo Guedes, esperando. Apesar de dizer que “a economia não pode parar”, o presidente desprezou pedidos do auxiliar para editar medidas provisórias de proteção às empresas, em especial às aéreas e ao setor do turismo, muito afetados pela pandemia. Enquanto isso, a equipe econômica do governo federal prevê rombo fiscal de 500 bilhões de reais, acima dos 400 bilhões estimados há pouco mais de uma semana. A causa do déficit no setor público, claro, é o volume de recursos injetados no combate aos efeitos do coronavírus. A crise também já é sentida no mercado de trabalho. Dois indicadores de emprego medidos pela Fundação Getulio Vargas apresentaram declínio acentuado em março. Os próximos meses serão difíceis.

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