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Quem é Nise Yamaguchi, a imunologista que defende o uso da cloroquina

A médica chegou a ser cotada por Bolsonaro como um dos nomes para assumir o Ministério da Saúde no lugar de Luiz Henrique Mandetta

Por Mariana Rosário Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 abr 2020, 17h36 - Publicado em 7 abr 2020, 16h57

Com o aumento da temperatura do embate entre o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o presidente Jair Bolsonaro sobre o novo coronavírus, uma importante figura médica virou assunto na discussão sobre tratamentos viáveis para conter a pandemia no país. Trata-se da imunologista e oncologista Nise Hitomi Yamaguchi, diretora do Instituto Avanços em Medicina, localizado na região da Bela Vista, em São Paulo, e especializado em tratamento de câncer. Por lá, o atendimento é tocado por Nise e outros três especialistas.

A médica também atua nas dependências do Hospital Albert Einstein, mas de forma independente. Formada pela Universidade de São Paulo (USP), onde também especializou-se em imunologia, Nise Yamaguchi tem ainda experiência em casos de HIV. Outra formação em seu currículo é um doutorado em pneumologia.

Defensora do uso de hidroxicloroquina e azitromicina em pacientes com Covid-19, a especialista chegou a ser cotada como um dos nomes para substituir Mandetta quando o ministro balançou no cargo na segunda-feira 6. Na mesma data, Nise e o presidente Jair Bolsonaro estiveram juntos em reunião na hora do almoço. Também participou do encontro o deputado Osmar Terra, além de diversos outros ministros. Mandetta não esteve entre eles. Bolsonaro é um entusiasta da cloroquina, medicamento que apresentou resultados promissores contra o coronavírus, mas ainda não foi respaldado por estudos científicos mais aprofundados.

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Em seu recém-aberto canal no YouTube, a imunologista disponibilizou duas gravações. Uma sobre Covid-19 e outra sobre “coragem” para enfrentar a pandemia. No vídeo sobre coronavírus, ela dá esclarecimentos sobre seu entendimento do uso de hidroxicloroquina e azitromicina.

“São remédios relativamente bem tolerados pela maioria das pessoas”, afirma. “Nós estamos reservando essas medicações para as situações mais graves dentro dos hospitais. É possível que, à medida que o governo produza mais, vai estar havendo um esforço de importações dos sais, de produção no Exército, nas fábricas que temos no Brasil, então vamos ter uma distribuição mais ampla e ela poderá ser usada em pacientes menos graves que é o que a gente deseja. Desejamos que a doença não chegue aos casos mais graves.”

Como fica claro no vídeo, Nise defende o uso preventivo do medicamento para pacientes em quadros inicialmente brandos de Covid-19, que apresentem, por exemplo, perda da capacidade de sentir cheiros e sabores.

Ela baseia-se em estudos positivos iniciados na França e que ganharam o mundo. Há, no entanto, falta de análises complementares para atestar a efetividade do uso das substâncias combinadas, dizem especialistas receosos ao amplo uso da droga neste momento.

Tratamento humanizado

Em sua carreira, a especialista sempre defendeu um tratamento humanizado na medicina. Ela diz que tenta “chegar mais perto” dos pacientes. Esperava, inclusive, as famílias dos doentes para que pudesse conversar. “As histórias das pessoas são palpáveis, porque é um acervo que ela traz com ela e a partir do qual ela lê o mundo. Então, eu entro dentro da história dela para ajudar a encontrar os melhores caminhos”, comentou em vídeo disponível no YouTube. Nise defende que a consulta é um momento de escuta do doente e que esse conhecimento faz parte da estratégia do tratamento.

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