O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Poggio Smanio, encaminhou ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) o parecer do procurador de Justiça Edilson Mougenot Bonfim, que sugeriu a retomada da investigação sobre o assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel (PT).
Em nota oficial, o Ministério Público de São Paulo afirmou que o procurador-geral repassou ao Gaeco, por meio da Subprocuradoria-Geral de Políticas Criminais, “informações recebidas acerca do caso Celso Daniel para que se dê prosseguimento às investigações sobre o homicídio do então prefeito de Santo André, em 2002”. Na prática, o procurador-geral faz referência a uma reunião de cúpula, ocorrida nesta segunda-feira, entre Edilson Bonfim, o subprocurador-geral Mário Luiz Sarrubbo e o secretário do Gaeco, Amauri Silveira Filho.
O pedido de Bonfim, revelado pelo site de VEJA, consta em parecer emitido na última quinta-feira sobre um recurso apresentado pela defesa de Elcyd Oliveira Brito, o John, condenado a vinte anos de prisão pelo assassinato do petista. John era um dos integrantes da quadrilha da Favela Pantanal, cujos membros foram responsabilizados pelo sequestro e morte do ex-prefeito.
O procurador manifestou-se ao chefe do MP, Gianpaolo Poggio Smanio, porque atua como representante do órgão na apelação criminal de Elcyd Oliveira Brito, caso atualmente em segredo de Justiça na 11ª Câmara de Direito Criminal.
Um Procedimento de Investigação Criminal (PIC) aberto em 2005 corre há onze anos no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do ABC paulista – e nunca foi concluído. O PIC investiga “eventuais partícipes no assassinato de Celso Daniel”. A única promotora do órgão atualmente é Sirleni Fernandes da Silva, no cargo desde 2015.