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Câmara de SP estuda bônus de produtividade a inativo

Caso a medida seja adotada, cerca de 800 funcionários que já deixaram de trabalhar poderão engordar seus contracheques em até 5.700 reais por mês

Por Da Redação
3 Maio 2013, 08h54

A Câmara Municipal de São Paulo criou um grupo especial para estudar o pagamento de bônus de produtividade até para funcionários aposentados. Caso a medida seja adotada pelo Legislativo paulistano, cerca de 800 funcionários que já deixaram de trabalhar poderão engordar seus contracheques em até 5.700 reais por mês.

Esse é mais um ato da Casa que pode criar benesses para o funcionalismo do Legislativo paulistano. Nesta quinta-feira, a Mesa Diretora, comandada pelo vereador José Américo (PT), devolveu o direito de 55 funcionários ganharem supersalários de até 27.900 reais – maiores que o teto do funcionalismo municipal, que é o salário do prefeito, de 24.100 reais.

Dois desses funcionários que agora voltarão a receber vencimentos maiores do que o do prefeito Fernando Haddad (PT) vão analisar se os aposentados podem ganhar gratificação por produtividade, mesmo sem dar expediente. A Mesa Diretora resolveu constituir a comissão, no começo de abril, a pedido do Sindicato dos Servidores da Câmara Municipal (Sindilex), que também tem quatro integrantes nomeados pelos sete vereadores da Mesa para analisar a demanda dos aposentados.

Procurada para explicar como seria possível mensurar a produtividade de funcionários inativos, a vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Câmara (Sindilex), Sônia Alves, disse que “no serviço público você precisa de uma fundamentação para dizer não”. Ela citou que na Receita Federal existe o pagamento da gratificação por produtividade para aposentados. “O grupo ficou de estudar se é possível. Se não for possível, não se paga.” A presidência da Câmara informou apenas que não existe nenhuma decisão tomada sobre o assunto.

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A gratificação por produtividade e especialização, conhecida pela sigla Gliep, foi criada em 2007 na gestão do ex-presidente da Câmara Antonio Carlos Rodrigues (PR). Os requisitos previstos em lei para que ela seja paga aos funcionários são genéricos, como “empenho no exercício das funções” e “desenvolvimento de liderança e trabalho em grupo”.

Valores – O valor do bônus pode variar de 1.500 reais, para funcionários de nível básico, a 5.700 reais, para quem tem curso superior. Além disso, a lei prevê que o benefício seja incorporado ao salário do servidor se ele recebê-lo por cinco anos consecutivos. Ou seja: mesmo um funcionário que deixou de ser produtivo pode continuar a ganhar a benesse.

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Como é comum a incorporação dessa e de outras gratificações ao salário ao longo da carreira, vários aposentados hoje já ganham bem acima do teto constitucional previsto para o funcionalismo municipal. Segundo a presidência da Casa, existem atualmente 79 inativos recebendo acima do teto graças a decisões do Tribunal de Justiça. O número é quase o triplo dos trinta funcionários da ativa que estão recebendo supersalários pelo mesmo motivo.

Outro benefício para funcionários adotado na gestão de José Américo é o pagamento do 14º salário para os servidores que recebem o teto do funcionalismo. Esse pagamento extra foi instituído por lei em 2009 e corresponde a aproximadamente 830 reais, pagos a todo funcionário do Legislativo em dezembro, além do 13º salário.

No ano passado, quem já recebia o valor máximo de 24.100 reais deixou de receber esse benefício. Mas, em ato de fevereiro deste ano, a Câmara determinou o pagamento dessa quantia até para quem ganha o teto e confirmou que esses funcionários também receberão o mesmo valor no final de 2013. A presidência informou que o pagamento já havia sido realizado entre 2009 e 2011 e se trata de verba eventual, ou seja, que está fora do limite estabelecido pela Constituição para os salários.

(Com Estadão Conteúdo)

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