Em uma nova rodada de votações da reforma política, a Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira o modelo de financiamento de campanhas exclusivamente público, em que apenas recursos do fundo partidário podem ser direcionados às legendas. A proposta recebeu somente 56 votos – eram necessários pelo menos 308. O PT é o principal defensor do sistema exclusivamente público, mas, durante votação, acabou se abstendo por seguir um acordo firmado com demais líderes partidários.
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Mais cedo, o plenário também rejeitou proposta que permite doações para as campanhas apenas por parte de pessoas físicas, sem a participação de empresas. A emenda, apresentada pelo PCdoB, foi rejeitada por 163 votos.
A sessão prossegue com a análise da proposta de financiamento misto de campanha, com a possibilidade de candidatos receberem doações diretas apenas de pessoas físicas. Pelo texto, empresas só podem doar aos partidos. A matéria tem o respaldo do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que foi derrotado em proposta similar durante votação na noite de terça-feira.