A manobra de Cunha pelo financiamento eleitoral privado

Após a derrota no projeto que autoriza o financiamento de empresas para campanhas eleitorais, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recorreu a uma manobra para levar o tema novamente ao plenário nesta quarta-feira. O peemedebista voltou atrás da decisão, anunciada em plenário, segundo a qual não seria apreciado o texto do relator Rodrigo Maia (DEM-RJ), que permite doações de pessoas físicas e jurídicas. O anúncio foi feito ontem após acordo para votar um texto alternativo ao de Maia, que previa as doações empresariais para partidos ou diretamente aos candidatos. “Não haverá mais a votação do texto do relator. Vai ser considerado prejudicado”. Mas hoje a história foi outra: Cunha recuou e afirmou que a proposta vai ser pautada caso os outros modelos de financiamento sejam rejeitados. Deputados contrários ao modelo empresarial protestaram, mas, ao fim de uma reunião improvisada de com os líderes, acabaram cedendo. A votação teve início há pouco com a proposta de financiamento apenas de pessoas físicas. (Marcela Mattos, de Brasília)