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Bruno é indiciado por homicídio e outros cinco crimes

Inquérito concluído ontem indicia outros oito envolvidos no desaparecimento e morte de Eliza Samudio

Por Andrea Silva
29 jul 2010, 21h27

Além de homicídio, indiciados responderão por sequestro, cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menor

A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou o goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza, de 25 anos, e até pouco mais de um mês atrás grande ídolo da torcida do Flamengo, por homicídio, sequestro, cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menor. Outros sete envolvidos foram indiciados pelos mesmo crimes do jogador. São eles: Luiz Henrique Romão (Macarrão), Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza (Coxinha), Daianne Rodrigues do Carmo Souza (esposa de Bruno), Elenílson Vitor da silva, Sérgio Rosa Sales e ainda Fernanda Gomes de Castro, a namorada do jogador. Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, que teria dado fim à vida de Eliza Samudio, foi indiciado por homicídio qualificado, formação de quadrilha e ocultação de cadáver. O inquérito, concluído nesta quinta-feira, tem oito volumes, cerca de 1 600 paginas e três anexos. Os detalhes serão divulgados pela polícia mineira nesta sexta-feira, às 14h30, em uma entrevista coletiva, no Departamento de Investigações de Belo Horizonte.

O delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações da Polícia Civil de Minas Gerais, informou que o relatório de 60 páginas será enviado nesta sexta-feira ao Ministério Público. Na semana passada, o delegado já havia afirmado que Bruno seria indiciado. “Há provas suficientes de que Bruno é o mandante do crime, temos provas cabais”, afirmou Moreira. Depois de uma reunião no Departamento de Investigações na tarde desta quinta-feira, o advogado Sérgio Barros da Silva, que representa o empresário Luiz Carlos Samudio, pai de Eliza, manifestou confiança no resultado da investigação. “As provas são bastante robustas e não deixam dúvida de que Bruno é o mandante e participou deste crime hediondo e cruel. Tenho quase certeza de que todos os envolvidos serão indiciados e nenhum sairá ileso e todo o mistério será desvendado”.

Luiz Carlos Samudio chegou a ficar próximo do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado pelo menor J. como o homem que estrangulou, esquartejou e ocultou o cadáver de Eliza. Bola, que estava no Departamento de Investigações para ser fotografado e ter as impressões digitais colhidas, não viu Samudio.

O pai da jovem disse que se sentiu revoltado ao ver o suposto assassino. “Como qualquer assassino, ele se mostrou uma pessoa fria e indiferente. A sensação de vê-lo é de revolta”, afirmou.

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Pai de Eliza ataca Ércio Quaresma – O pai de Eliza Samudio também se disse indignado com as afirmações recentes do advogado de defesa de Bruno, Ércio Quaresma, de que Eliza está viva. Ércio Quaresma chegou a incluir a jovem na lista de testemunhas a serem ouvidas no inquérito que apura seu próprio seqüestro, no Rio de Janeiro.

“Ele está alegando que minha filha está viva, inclusive a convocando para depor. Se ele sabe que minha filha está viva, então sabe onde está. Vou acabar pedindo à Justiça que seja aberto inquérito para que Ércio Quaresma diga onde ela se encontra”, afirmou Samudio.

Assim como Quaresma desqualifica depoimentos de testemunhas que incriminam Bruno, o pai da jovem desaparecida desqualifica o defensor dos suspeitos. “Não podemos levar em consideração o que diz uma pessoa que é drogada, não fala coisa com coisa e vive no mundo da lua”, criticou Samudio.

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