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Brasileiros queimam acampamentos e agridem venezuelanos em Roraima

Tumulto começou durante uma manifestação de moradores revoltados com a participação de estrangeiros em um assalto ocorrido na cidade de Pacaraima

Por Da Redação
Atualizado em 18 ago 2018, 17h32 - Publicado em 18 ago 2018, 16h07

Refugiados venezuelanos foram agredidos na manhã deste sábado (18) por moradores da cidade de Pacaraima, em Roraima. Os brasileiros expulsaram pessoas que estavam acampadas e queimaram tendas e pertences usados pelos venezuelanos. O município está localizado na fronteira entre os dois países.

As autoridades locais informaram que o tumulto está relacionado a um assalto que teria sido conduzido por dois venezuelanos. Na noite de sexta-feira, o comerciante Raimundo Nonato de Oliveira, morador de Pacaraima, foi espancado durante um roubo. Ele foi transferido para um hospital em Boa Vista e está com quadro de saúde estável.

Brasileiros organizaram uma manifestação contra a entrada de venezuelanos no país, mas o protesto resultou em atos de violência contra os refugiados. Agressões físicas foram registradas e as tendas onde os estrangeiros estavam abrigados foram destruídas.

Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram brasileiros ateando fogo a pilhas com objetos dos acampamentos montados pelos venezuelanos. Eles cantavam o hino nacional enquanto vandalizavam os centros de acolhida.

Também há imagens de moradores que se desentenderam com policiais venezuelanos na região fronteiriça. Guardas armados aparecem no território do país vizinho pedindo calma a um grupo que disparava insultos e provocações.

Um deputado da Assembleia Nacional da Venezuela, Américo de Grazia, publicou vídeos e fotos do tumulto em seu perfil no Twitter. “Pela primeira vez na história a América Latina registra uma tragédia como a que vive a Venezuela, afetando seus vizinhos mais próximos, Brasil e Colômbia”, afirmou.

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As autoridades responsáveis pela segurança pública de Pacaraima informaram que atuaram para conter o tumulto. Médicos também foram deslocados para o município. As Forças Armadas disseram repudiar atos de vandalismo e violência contra qualquer cidadão, independentemente de sua nacionalidade.

Entre junho de 2017 e julho deste ano, quase 130.000 venezuelanos cruzaram a fronteira por Pacaraima. A cidade fica localizada a 215 quilômetros da capital Boa Vista.

O intenso fluxo migratório se dá em razão da crise humanitária que vive a Venezuela. Além da violenta repressão empreendida pela ditadura de Nicolás Maduro, o país sofre graves problemas econômicos, registrando uma hiperinflação e o desabastecimento de produtos básicos dos supermercados.

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