A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 2,99% nesta segunda-feira, com a pior sessão em quatro semanas. O resultado foi reflexo das notícias que colocaram bancos e montadoras dos Estados Unidos de volta no olho do furacão da crise.
O Ibovespa, principal indicador da bolsa, encerrou aos 40.653,13 pontos, devolvendo boa parte dos 4,57% de ganhos acumulados na semana passada. No mês, a alta acumulada agora atinge 6,47%, e, no ano, 8,26%. O giro financeiro totalizou 3,624 bilhões de reais.
As blue chips foram as principais ações afetadas nesta segunda, com a saída dos investidores estrangeiros e também pelo tombo das matérias-primas. A Vale afundou 4,1%, para 26,66 reais. Petrobras recuou 2,8%, a 28,78 reais. Gerdau, uma das piores do dia, despencou 6,3% , vendida a 12,54 reais.
Souza Cruz perdeu 6,3%, a 44,80 reais, após o governo ter anunciado um aumento dos impostos sobre cigarros, para compensar parte a perda de arrecadação com incentivos fiscais ao setores automobilístico e de construção civil.
Wall Street – Nos EUA, o Dow Jones recuou 3,27%, aos 7.522,02 pontos; o S&P caiu 3,48%, aos 787,53 pontos, e o Nasdaq teve perdas de 2,81%, aos 1.501,80 pontos. As ações da General Motors lideraram as perdas, ao recuarem 25,41%, depois que seu executivo-chefe, Rick Wagoner, renunciou pressionado pelo governo americano.
O presidente dos EUA, Barack Obama, sugeriu que uma concordata “cirúrgica” pode ser a única saída para as duas companhias. A outra é a Chrysler, para quem o governo dos EUA deu prazo de 30 dias para apresentar uma solução, no caso, uma aliança com a italiana Fiat. Esse tempo nem deve ser usado, já que a empresa já teria fechado esse acordo, segundo reportagem do Wall Street Journal.
Além das montadoras, também os bancos foram destaques negativos, depois que o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, ter dito no final de semana que alguns bancos precisarão receber muita assistência. À tal declaração, somou-se o pessimismo que se seguiu ao comunicado sobre o encontro do G-20 obtido pelo jornal britânico Financial Times. O documento sinaliza que a reunião não deve trazer novidades sobre mais medidas de estímulo econômico para lidar com a crise.
(Com agência Reuters e Agência Estado)