Com agência Reuters
Uma nova maré de más notícias envolvendo grandes bancos internacionais levou o investidor da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a abrir a semana vendendo ações. O Ibovespa caiu 2,68%, para 38.320 pontos, derrubado sobretudo pelo setor bancário, o mesmo que puxou Wall Street para baixo, encerrado o pregão em queda de 0,75%.
A soma de 1,55 bilhão de reais do exercício de opções (maior desde maio) com os 263 milhões de reais de um leilão de ações das Lojas Americanas levou o giro financeiro a 5,17 bilhões de reais, compensando o fraco movimento das operações regulares.
Às voltas com os efeitos da crise global, colossos financeiros dos Estados Unidos e Europa acrescentaram pessimismo aos investidores. De um lado, o Merrill Lynch reduziu as projeções de ganhos do trimestre para o JP Morgan, o que ampliou o pessimismo do mercado com o desempenho de curto prazo do setor.
Do outro lado do Atlântico, os europeus HSBC e Royal Bank os Scotland RBS.L> foram apenas alguns entre os que reconheceram perdas com fraudes do megainvestidor Bernard Madoff, que podem chegar a 50 bilhões de dólares.
O setor bancário doméstico acompanhou a tendência internacional e foi o que mais pesou sobre o Ibovespa. Unibanco caiu 7,7%, para 15,51 reais. Itaú perdeu 6,7%, a 28,00 reais.
Segundo analistas, o mercado também repercutiu negativamente as declarações do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, de que um anúncio quanto ao resgate da indústria automotiva não é iminente.
Um dos desdobramentos desse processo teria sido a queda dos preços de commodities, que vinham subindo pelas expectativas de que novos pacotes de incentivo à economia dessem fôlego à demanda por produtos como metais e petróleo.
O preço do barril do óleo caiu para a faixa de 44 dólares, em baixa de mais de 3%. Ainda assim, Petrobras foi uma das raras notícias positivas do índice, subindo 1,33%, para 22,90 reais.