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Bovespa despenca 5,01%. Vale e Petrobras perdem

O mercado financeiro brasileiro sentiu nesta quarta-feira o impacto da influência da atual crise financeira global na chamada economia real, e viu seu principal índice, o Ibovespa (o mais importante indicador da Bolsa de Valores de São Paulo) despencar 5,01%. Foi a segunda maior queda do ano. A drástica perda foi puxada por uma forte […]

Por Guilherme Amorozo
19 mar 2008, 18h36
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  • O mercado financeiro brasileiro sentiu nesta quarta-feira o impacto da influência da atual crise financeira global na chamada economia real, e viu seu principal índice, o Ibovespa (o mais importante indicador da Bolsa de Valores de São Paulo) despencar 5,01%. Foi a segunda maior queda do ano. A drástica perda foi puxada por uma forte desvalorização das ações de Vale e Petrobras, as duas maiores negociadoras da bolsa paulista. Enquanto os papéis preferenciais da mineradora (Vale PNA) recuaram 7,21%, os da petrolífera (Petrobras PN) tiveram baixa parecida, de 7,4%.

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    Ambas as desvalorizações são fruto do mesmo fenômeno: a queda global no preço das commodities (produtos básicos, como matérias-primas e alimentos) registrada nesta quarta. Estas mercadorias se desvalorizam à medida que se espalha o medo de que a economia mundial está a beira da recessão. Com o temor da redução da demanda, o preço cai – o petróleo por exemplo, chegou a cair quase 6% nesta quarta em Nova York . Como as commodities estavam supervalorizadas, puxadas pelo crescimento econômico global dos últimos anos, elas tendem agora a recuar fortemente.

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    Tanto os minérios exportados pela Vale como os combustíveis vendidos pela Petrobras são commodities. Juntamente com a queda no preço de seus produtos, despencaram também as suas ações. Mesmo assim, o mau humor do mercado não foi de responsabilidade exclusiva das commodities – nem mesmo a redução dos juros nos Estados Unidos, nesta terça-feira, animou os mercados nesta quarta.

    Boatos – As más notícias vieram, desta vez, da Grã-Bretanha. Um boato dava conta de que o banco HBOS teve de recorrer ao Banco da Inglaterra (o banco central britânico) para obter recursos e conseguir liquidez. O HBOS negou a informação, que, porém, afetou as bolsas.

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    Outro anúncio que afetou o mercado foi a decisão do Office of Federal Housing Enterprise Oversight, que regula o setor hipotecário dos EUA, de reduzir o nível das reservas de recursos que as securitizadoras de crédito Fannie Mae e Freddie Mac são obrigadas manter: de 30% para 20% do valor total que essas instituições administram. Assim, as empresas terão capacidade de colocar à disposição mais 200 bilhões de dólares de créditos hipotecários – que detonaram a atual crise mundial. Porém, caso a crise não se resolva, a situação poderia se agravar mais, pois as reservas das duas empresas estariam ainda menores.

    Lucro – O sopro positivo no mercado ficou por conta da divulgação dos resultados do banco de investimentos Morgan Stanley. A instituição reportou redução de 42% no lucro líquido no primeiro trimestre fiscal de 2008, encerrado em fevereiro.

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    Porém, o dado negativo acabou se transformando em alívio, uma vez que a perda esperada era maior que a divulgada: 1,53 bilhão de dólares – ou 1,45 dólar por ação ante 1,03 dólar esperado. O resultado faz com que o mercado reduza os temores em relação à crise.

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