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Bolsonarista que matou petista vai a júri popular na próxima semana

Réu pelo assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, o agente penal Jorge Guaranho enfrenta primeiro julgamento

Por Da Redação Atualizado em 30 mar 2024, 23h15 - Publicado em 30 mar 2024, 23h10

O policial penal Jorge Guaranho, réu pelo assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, vai a júri popular na próxima quarta-feira, 4 de abril, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Advogado de acusação e da família da vítima, Daniel Godoy compartilhou um vídeo neste sábado, 30, para ressaltar que o resultado do julgamento será importante para a sociedade brasileira. Apoiador de Jair Bolsonaro (PL), Guaranho atirou em Arruda durante a festa de aniversário da vítima, que celebrava a data com decoração de fotos do PT (Partido dos Trabalhadores) e de Luiz Inácio Lula da Silva em 9 de julho de 2022, meses antes da eleição entre os dois então candidatos. Segundo testemunhas, o réu gritou: “Aqui é Bolsonaro” antes de atirar. Antes de morrer, o petista revidou os tiros e atingiu o agressor, mas este sobreviveu após ficar internado.

Além de guarda municipal, Marcelo Arruda também atuava como tesoureiro do diretório municipal do PT de Foz do Iguaçu. “Este caso é extremamente importante para a sociedade brasileira, porque ele indica que nós não podemos admitir a existência de crimes de ódio praticados com violência política e que tem como pano de fundo o desrespeito à pessoa humana, o desrespeito à sua dignidade, porque todos têm o direito de pensar, viver e existir de acordo com suas crenças, seus desejos e sua forma de ser. Não podemos admitir, em nenhum lugar do Brasil, que o ódio sobre o amor. Justiça por Marcelo Arruda”, disse o advogado Daniel Godoy no vídeo publicado no Instagram.

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Jorge Guaranho, o policial penal que matou petista em Foz do Iguaçu -
Jorge Guaranho, o policial penal que matou petista em Foz do Iguaçu (Reprodução/Twitter)

Em 20 de julho de 2022, o Ministério Público denunciou Jorge Guaranho pelo assassinato de Marcelo Arruda por motivo fútil. A denúncia por homicídio qualificado foi feita com base no parágrafo 2º do artigo 121 do Código Penal, em seus incisos II (por motivo fútil) e III (com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum”).

Na denúncia, os promotores Luis Marcelo Mafra Bernardes da Silva e Tiago Lisboa Mendonça citam que o motivo do crime foi político e que ele ocorreu quando Guaranho voltou ao local da festa de aniversário de Arruda após uma discussão sobre preferências pelos presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). “O denunciado, então, deixou o local, mas não sem antes prometer que lá retornaria e acabaria com todos, não obstante a fútil motivação da querela (preferências político-partidárias antagônicas)”, diz trecho da peça.

Em outro trecho, o MP afirma que Guaranho, ao voltar à festa armado, reafirmou a motivação política do ataque, “Ainda na parte externa, Jorge José da Silva Rocha Guaranho, dolosamente e imbuído da mesma fútil motivação, dizendo ‘petista vai morrer tudo’, detonou dois disparos contra a vítima, atingindo-a no abdômen e na coxa direita, o que a fez cair”, afirma.

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Guaranho em outra foto (Redes sociais/Reprodução)
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Jorge José da Rocha Guaranho atirou em Marcelo Arruda, que revidou; o bolsonarista sobreviveu | Foto: Reprodução/Redes sociais (Redes sociais/Reprodução)
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