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‘Assédio é direito da mulher no Carnaval’, diz deputado de Santa Catarina

Postagem do parlamentar Jessé Lopes (PSL) gerou discussões acaloradas nas redes sociais

Por Mariana Zylberkan
Atualizado em 15 jan 2020, 10h03 - Publicado em 14 jan 2020, 13h41

O deputado estadual Jessé Lopes (PSL-SC) usou sua página em uma rede social para defender que as mulheres “têm direito ao assédio” de homens no Carnaval. O posicionamento foi uma reação a um coletivo feminista no estado que pretende distribuir tatuagens temporárias com a expressão “não é não” nos blocos de rua catarinenses.

“Eu falei de assédio entre aspas. O Carnaval culturalmente no Brasil é para isso, as pessoas darem em cima umas das outras. Não pode confundir o que é assédio e o que é dar em cima, paquerar”, diz o deputado, que afirmou não planejar nenhuma ação para impedir a distribuição das tatuagens temporárias no estado. “Daqui a pouco vamos ter meninas processando meninos por terem sido assediadas no Carnaval”, continuou.

A postagem deu início a um debate acalorado na rede social por ter chamado a atenção de mulheres que se mobilizaram para publicar comentários contrários à opinião do deputado. Na mesma rede social, o deputado escolheu como foto de destaque uma imagem onde se lê “gabinete do ódio”.

O parlamentar também disse ser contra movimentos sociais feministas e os que defendem as causas LGBT e dos negros por entender “se tratar de movimentos segregadores, que dividem a sociedade”, apesar de se dizer “totalmente a favor da livre expressão”.

Ao relembrar seus tempos de solteiro, quando frequentava os blocos e bailes de Carnaval, disse que também costumava paquerar as mulheres. “Muitas vezes eu respeitosamente não insistia diante de qualquer não. Segundo o código penal, a  insistência é um tipo de assedio”, disse.

Segundo Lopes, os movimentos feministas querem “tirar até isso [serem cortejadas pelos homens] das mulheres”. “Muitas mostram os seios, se vestem mal e ficam feias fazem isso para afrontar isso [a paquera] na sociedade”, completou.

O deputado é conhecido no estado por suscitar debates em torno de temas polêmicos. No ano passado, uma fala sua foi entendida como contrária ao beijo gay em público, o que ele nega.

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