O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou à Avenida Paulista neste sábado para liderar uma manifestação que ganhou fôlego com o aumento das tensões entre a direita radical e o Supremo Tribunal Federal. O mote era o 7 de Setembro, mas duros ataques do bolsonarismo ao ministro Alexandre de Moraes deram o tom dos pronunciamentos.
Em um duro discurso contra Moraes, o ex-presidente chamou o ministro do STF de “ditador” e pediu que o Senado coloque um “freio” na atuação do magistrado. Bolsonaro disse ainda que o juiz “faz mais mal ao Brasil do que Lula”. O ex-capitão também retomou o discurso antissistema e afirmou que foi eleito em 2018 em uma “falha do sistema” e que o pleito de 2022, quando perdeu para Lula, não foi conduzido de forma imparcial pelo TSE, na época presidido por Moraes.
O ministro do Supremo também foi alvo em diversos outros discursos na manifestação. Organizador do ato, o pastor Silas Malafaia chegou a pedir a prisão do juiz, dizendo que seu lugar era “na cadeia”, enquanto o deputado federal Eduardo Bolsonaro chamou o magistrado de “psicopata”. Mais moderado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, puxou coro de “Volta, Bolsonaro” e pediu anistia aos presos pelo 8 de Janeiro.
Candidatos em São Paulo
O prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes, que tem o apoio oficial de Jair Bolsonaro, teve participação discreta no ato. Ele chegou à manifestação ao lado de Bolsonaro e de Tarcísio e não discursou, por restrição legal. A candidata Marina Helena, do Novo, também compareceu. Já o coach Pablo Marçal, que disputa com Nunes os votos do bolsonarismo, chegou à Paulista já no fim da manifestação – e foi criticado por Silas Malafaia. Leia reportagem sobre a manifestação.
Confira como foi a manifestação, com análise de colunistas de VEJA: