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Acusado de estupro na Uerj foi surrado por estudantes

Universidade informa, em nota, que jovem foi afastado das aulas e poderá ser expulso, se a polícia comprovar autoria do crime

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
24 Maio 2013, 11h04

Uma nota divulgada hoje pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) informa que foi identificado o estudante suspeito de ter estuprado uma universitária no estacionamento do campus Maracanã na noite do dia 11 de maio. O estudante, segundo a universidade, foi surrado por um grupo de estudantes. A nota é assinada pelo reitor, Ricardo Vieiralves. A Uerj usa o termo “linchamento” na nota, e afirma que o episódio ocorreu após a festa de recepção de calouros, no campus do Maracanã – o principal da universidade. Segundo testemunhas, a vítima se envolveu com o agressor durante a comemoração e, depois, “ficou” com uma mulher, o que teria motivado a ira do estudante.

De acordo com os relatos, depois de ter visto a jovem com outra mulher, o agressor seguiu a vítima e a estuprou. No momento da violação, ele teria dito que a jovem “aprenderia a gostar de homem”. A reitoria da universidade diz ainda, na nota, a decisão de “suspender o estudante acusado do estupro até a apuração do fato”. Se comprovada a autoria do crime, ele serpa “desligado sumariamente da universidade”.

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A Uerj instaurou uma sindicância para apurar os dois crimes – de estupro e agressão. Uma comissão formada exclusivamente por mulheres terá que apresentar uma conclusão em 30 dias.

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Na esfera criminal, o estupro está sendo investigado pela 18º DP (Praça da Bandeira), que ouviu testemunhas e pretende chamar a vítima e o acusado de ter praticado o estupro para prestarem depoimento. O delegado Fábio Barucke não quis comentar o caso, mas informou que solicitou imagens das câmeras de segurança do campus, do estacionamento e de áreas próximas para tentar identificar o criminoso.

Com a notícia do estupro e da agressão coletiva contra o estudante suspeito, a universidade proibiu a realização de festas no campus. Ricardo Vieiralves manifestou, no texto, “profunda tristeza e pesar” pelos “atos de barbárie cometidos por estudantes da Uerj”. “Atos de violência contra mulheres, linchamentos, racismo e homofobia não são toleráveis nem podem ter qualquer espécie de complacência ou de justificativa”, advertiu o reitor.

O caso é o mais recente de uma sequência de crimes sexuais que tem assustado os cariocas. Entre os estupros ocorridos no Rio, está o da estudante americana violentada oito vezes dentro de uma van, por três homens, no dia 30 de março. No dia 17 de abril, uma garota de 14 anos foi estuprada no Leblon, na Zona Sul, no fim da tarde. Em 3 de maio, uma mulher foi estuprada dentro de um ônibus que atravessava a avenida Brasil, uma das principais vias expressas do Rio de Janeiro. A mulher foi estuprada, diante dos demais passageiros, com uma arma dentro de sua boca.

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