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Estupro na van: criminosos se recusam a falar à Justiça

Em audiência na segunda-feira, testemunhas confirmaram ao juiz os depoimentos prestados à Polícia Civil. Participação de frentista e das mães de dois dos estupradores foi decisiva para as prisões, afirmam policiais

Por Da Redação
21 Maio 2013, 12h22

Em uma audiência realizada na segunda-feira, a Justiça tomou o depoimento de testemunhas do estupro da van, cometido por três criminosos contra uma turista americana, com agressões contra seu namorado, um estudante francês. Os três acusados do crime – Jonathan Froudakis de Souza, Walace Aparecido Souza Silva e Carlos Armando Costa dos Santos, que respondem por estupro, roubo qualificado, extorsão, corrupção de menores e quadrilha ou bando – mantiveram-se calados, seguindo orientação de suas defesas. O juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, da 32ª Vara Criminal da Capital, ouviu seis testemunhas de acusação e duas de defesa. A previsão é de que a sentença seja expedida no prazo de dois meses.

Os relatos feitos à Justiça confirmaram o teor dos depoimentos prestados à Polícia Civil. Duas jovens, testemunhas de acusação, contaram ter embarcado na van na Praça Serzedelo Correia, em Copacabana, quando a americana e o francês já estavam no veículo. Elas repetiram os detalhes sobre a ordem dos criminosos para que os passageiros desembarcassem, exceto o casal, que seria em seguida vítima de assalto e agressões.

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Também foram ouvidos o delegado Alexandre Braga, titular da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (DEAT), o delegado assistente Rodrigo Brant e a inspetora Vanessa Combatassy, primeira a tomar depoimento dos turistas após o crime.

De acordo com o que consta no inquérito, com base no depoimento da americana – prestado com clareza e sequência lógica, segundo o delegado Braga – foi Jonathan, que inicialmente dirigia a van, o primeiro a estuprar. Ele teria mandado que ela tirasse a roupa, mas diante da negativa, lhe deu dois socos no rosto, que lhe quebraram o nariz. Wallace cometeu o abuso em seguida. De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio, Jonathan teria dito ao menor para “aproveitar também”, mas ele se recusou a praticar sexo com a turista. No entanto, o menor, já ouvido pela Vara da Infância e Juventude, cometeu várias agressões contra o francês.

A inspetora afirmou à Justiça que a americana ficou nua durante todo o crime. Os acusados percorreram cerca 100 quilômetros com as vítimas no veículo – foram da Zona Sul do Rio a Niterói, São Gonçalo, voltaram ao Rio e depois abandonaram as vítimas em Itaboraí, já no início da manhã.

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Os dois estrangeiros prestaram depoimento à Justiça numa “antecipação de prova”, para que não fosse necessário retornarem ao país nas fases posteriores do processo.

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Colaboradores – Um inspetor da DEAT afirmou que a ação de um frentista de um posto de gasolina foi decisiva par a polícia chegar rapidamente aos acusados. Ele anotou a placa da van ao perceber o comportamento estranho dos homens, que pararam para comprar bebidas e energéticos e tentaram sacar dinheiro com cartões das vítimas. A partir desta informação, segundo a polícia, foi possível chegar rapidamente a Jonathan, preso oito horas após o crime.

Os policiais isentaram de culpa o proprietário da van, que teria colaborado com as investigações e não teve envolvimento na sequência de crimes daquela noite. As duas testemunhas de defesa ouvidas pela Justiça afirmaram que Jonathan era trabalhador, nunca passou necessidades e teve boa educação. Os policiais também ressaltaram a importância das mães de dois dos acusados para efetuar o crime rapidamente.

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