Investida busca acabar com o tráfico de drogas na região, diz PM. Dependentes químicos passaram a circular por ruas próximas ao local onde acontece a ação
Por Bruno Huberman
4 jan 2012, 20h37
A ação policial iniciada na terça-feira na região da Cracolândia, no centro de São Paulo, dispersou os cerca de 400 usuários de crack (números da Polícia Militar) que consumiam a droga livremente na região.
Publicidade
Essas pessoas, que até então se concentravam nas redondezas da rua Helvetia, perto da Estação Júlio Prestes, agora circulam sem rumo por outras ruas da região, constatou a reportagem de VEJA.
Publicidade
Segundo comandante-geral da PM, coronel Álvaro Camilo, o objetivo da ação é acabar com o tráfico de drogas no centro da cidade para que agentes sociais e de saúde da prefeitura avancem no tratamento dos dependentes químicos. Em dois dias, foram abordadas 346 pessoas, duas foram presas por tráfico de drogas e outras três foram detidas por serem procuradas pela Justiça. Cerca de 150 pedras de crack foram apreendidas. A operação – que conta cem homens, dez viaturas, vinte integrantes da cavalaria – não tem prazo para terminar.
A operação faz parte do projeto de revitalização da Nova Luz, antiga promessa do prefeito Gilberto Kassab (PSD). O coronel Camilo afirma que a dispersão é esperada e que os policiais estão ampliando a área de atuação.
Publicidade
Continua após a publicidade
A reportagem de VEJA viu várias pessoas circulando com cachimbo de crack a poucas quadras de onde se concentra a investida policial, como na Praça da República e no Largo do Arouche.
Usuários – A operação conta ainda com 95 agentes de saúde, 350 agentes de proteção social, 150 agentes de saúde, vinte enfermeiros e vinte médicos. As pessoas flagradas usando drogas, diz o coronel, serão autuadas e encaminhadas para análise médica. Os agentes sociais e de saúde da prefeitura decidirão, caso a caso, o destino do dependente, que pode ser enviado a um centro de reabilitação ou para um hospital.
Publicidade
A rede de atendimento ao usuário na cidade também foi ampliada, dizem as autoridades. Agora são 131 unidades de Atendimento Médico Ambulatório (AMA) – quinze na região central – e setenta Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Ao todos, são 1.200 vagas para tratamento de dependentes químicos, além de 76 albergues para moradores de rua e 131 abrigos para menores.
Nesses dois dias de operação, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, apenas no centro de assistência da Praça Rudge Ramos, 23 crianças procuraram ajuda – quatro foram encaminhadas para um Caps. Está previsto para ser inaugurado um centro de convivência para 1.200 no dia 30 de janeiro na rua Prates, no Bom Retiro, para auxiliar os agentes da prefeitura no tratamento de dependentes.
Publicidade
Publicidade
VEJA Mercado - quinta, 2 de maio
Moody’s melhora perspectiva para Brasil, o duro recado do Fed e entrevista com Luis Otávio Leal
A agência de classificação de riscos Moody’s mudou a perspectiva da nota de crédito do Brasil de estável para positiva. Em outras palavras, o país está mais próximo de ter sua nota de crédito melhorada. O Brasil está a duas revisões de obter o chamado grau de investimento, o que ajuda a atrair investimentos estrangeiros. O comitê do Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano, se reuniu na quarta e decidiu manter as taxas de juros do país no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano. Jerome Powell, presidente do Fed, afirmou que altas de juros não fazer parte do cenário-base da instituição, mas falou em falta de progresso na busca pela meta de inflação de 2%. Diego Gimenes entrevista Luis Otávio Leal, economista-chefe da gestora G5 Partners, que comenta esses e outros assuntos.
Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de R$ 2,00/semana*
ou
Impressa + Digital
Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de R$ 39,90/mês
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis CLIQUE AQUI.