A juíza Debora Kleebank, da 3° Vara Cível de Porto Alegre, determinou na terça-feira, 7, a penhora de 6 866 reais da conta do ex-deputado federal Roberto Jefferson para custear parte de seu débito com a também ex-deputada Manuela d´Ávila. Ele foi condenado em 2022 a pagar uma indenização de 10 000 reais, a título de danos morais, por chamar Manuela de “demônio”. Agora, com juros e correção monetária, a conta está em cerca de 20 000 reais, mas o ex-parlamentar, que está preso no Rio de Janeiro, não possuía saldo suficiente na conta.
A fala que deu origem ao processo e à condenação foi proferida em 2021. “Quando um demônio daqueles subir para dizer que tem que casar o pai com a filha, que nem fez aquela Manuela d’Ávila do Rio Grande do Sul, que na reforma do Código Civil a mãe casa com o filho e o irmão casa com a irmã”, disse Jefferson, à época.
Detido desde outubro do ano passado por tentativa de homicídio a quatro policiais federais, Roberto Jefferson foi denunciado e é réu em um processo na Justiça Federal Fluminense. Sua defesa pediu que fosse absolvido sumariamente, pois afirmou que ele atirou nos agentes apenas para se defender, mas o juiz não aceitou a alegação.
Nesta semana, peritos da Polícia Federal terminaram de examinar as cerca de 8 000 munições que foram encontradas na casa dele, em Levy Gasparian, no Rio de Janeiro, e atestaram que todas apresentam boas condições de uso e poderão ser utilizadas por corporações de segurança pública, caso a Justiça autorize.