Louis e Auguste Lumière inventaram, em 1895, o cinematógrafo, uma máquina à manivela portátil que capturava imagens, revelava o filme e permitia que, depois, as cenas fossem projetadas. O antepassado das modernas câmeras dos dias de hoje foi o estopim para a criação do cinema. Entre as controvérsias sobre quem passa no teste de paternidade da sétima arte — engenheiros do laboratório de Thomas Edison também fizeram, anos antes, uma máquina parecida — é indiscutível a certeza do legado deixado pelos irmãos franceses. Eles não só criaram o aparelho que permitiria a gravação de filmes, mas também estabeleceram técnicas e um apurado olhar sobre o cotidiano e a produção usados até os dias atuais.

Para manter vivo o material produzido no século XIX, Thierry Frémaux, diretor do Festival de Cannes, reuniu 114 obras dos 1.400 filmes feitos pelos irmãos ou por seus técnicos. Com menos de um minuto cada, os clipes foram restaurados em 4K e ganharam a narração de Frémaux, que aponta curiosidades sobre as filmagens e suas origens e ainda adiciona um tom cômico à explicação. Um deleite para os fãs do cinema.