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Racismo na moda: Claro e Yahoo são acionadas por Reinaldo Lourenço

O Instagram entregou o e-mail que o perfil Moda Racista usou em cadastro

Por João Batista Jr. Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 jun 2020, 15h07 - Publicado em 17 jun 2020, 14h39

O Instagram entregou à Justiça nesta quarta, 17, o e-mail usado para o cadastro do perfil Moda Racista, mas não revelou a identidade do dono do endereço eletrônico. Acusado de racismo por diversas modelos negras, o estilista Reinaldo Lourenço entrou com uma ação para tentar suspender a conta do IG (pedido negado) e descobrir quem é o dono do perfil em que estavam sendo veiculadas as denúncias (pedido acatado). A juíza Juliana Pitelli da Guia deu 48 horas para a rede social se manifestar.

O advogado Raphael Garófalo Silveira, que representa Lourenço, notificou o Instagram para pedir dados complementares. Também enviou ofícios para a Claro (operadora pela qual o perfil era acessado) e Yahoo (provedora do e-mail cadastrado). Embora tenha pedido a retirada do ar do Moda Racista, Silveira afirma que o objetivo de seu cliente não era censurar, mas obter no que na literatura jurídica chama-se “paridade de armas”. “Meu cliente tem o direito de saber quem veicula informações inverídicas e com qual objetivo. De forma anônima, essa conta veiculava denúncias sérias sem procurar o outro lado, sem dar chance de defesas”, diz o advogado.

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No caso do Reinaldo Lourenço e Gloria Coelho, boa parte das denúncias foram feitas por modelos on the record. Ou seja: dando seus nomes sem pedir anonimato. O estilista chegou a emitir um comunicado em que afirmou: “eu errei”.

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Entenda o caso
Há duas semanas, Paulo Borges teve a ideia de fazer uma live sobre racismo em sua conta do Instagram para discutir a praga transformada em pauta global após o brutal assassinato do americano George Floyd, nos Estados Unidos. Na transmissão de Borges, fundador e diretor da São Paulo Fashion Week, houve a discussão de como o racismo está entranhado na moda, assim como em todos os setores da sociedade.

A dor veio à tona. Algumas modelos relataram condições de trabalho degradantes, e deram nome aos bois. Nos relatos, contaram que foram humilhadas pela cor em castings e desconvidadas a desfilar por não ter o padrão da maioria das consumidoras ricas. O estilista Reinaldo Lourenço, um dos mais badalados do Brasil, viu suas atitudes arrogantes — que o mercado de moda conhece há décadas — expostas. Uma ex-funcionária disse ao Moda Racista que ele não permitia que ninguém se sentasse quando estivesse no mesmo ambiente, por exemplo. Uma ex-assistente de Lourenço confirmou a VEJA que seu ex-chefe tinha uma atitude “datada”. Isso além de racismo puro e simples. “Reinaldo e Gloria humilhavam as modelos que não tivessem cara de rica, sendo imprescindível terem a pele branca. Se as meninas tivessem cabelo enrolado, ele não olhava na cara”.

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