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Jair Bolsonaro “rouba” cozinheira de ex-aliado Paulo Marinho

Os culpados: croquete de carne e beiju de tapioca

Por João Batista Jr. Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 jan 2020, 15h49

Qual a receita para marcar de vez o fim de uma grande e vitoriosa parceria política? Para Jair Bolsonaro, ela tem gosto das iguarias croquete de carne assada desfiada, molho ferrugem, farinha de rosca e ovo e de beiju de tapioca com parmesão ralado levado ao forno. Um ano depois de romper com o empresário Paulo Marinho, o presidente “roubou” do ex-aliado a cozinheira que o serviu por 25 anos. O capitão encantou-se com os serviços dela em 2018, nas reuniões e gravações realizadas na casa de Marinho no Jardim Botânico, transformada em comitê de campanha de Bolsonaro. Na época, o então candidato à presidência fartava-se com os acepipes e refeições ali servidos. Tudo o que era levado à mesa era criação da cozinheira-chefe da residência, a baiana de Itaquara Rainê dos Santos, conhecida como Rai. De tudo que Bolsonaro provou – como feijão, arroz, carne de panela e, sua massa favorita, espaguete à bolonhesa – os itens que mais agradaram seu paladar foram o croquete de carne e o beiju. O então candidato visitou algumas vezes a cozinha para parabenizar os dotes de Rai.

O atentado sofrido por Bolsonaro em Juiz de Fora durante a campanha obrigou-o a mudar radicalmente a rotina. Na volta das cirurgias e da internação em São Paulo, o então candidato passou um tempo de molho em sua residência, na Barra da Tijuca. Assustado com o ocorrido, redobrou os cuidados com a sua segurança. Queria alguém de extrema confiança fazendo os pratos liberados pelos médicos. Empenhada em melhorar o astral do marido abalado pela facada que por pouco não o matou, Michelle Bolsonaro lembrou-se das iguarias de Rai, tão apreciadas por Bolsonaro — e pediu emprestada a cozinheira do casal Paulo e Adriana Marinho. Pedido feito, pedido aceito. Rai passou quase duas semanas no comando do fogão de Bolsonaro.

Michelle e Rai, no dia da posse: desde novembro ela coordena as refeições palacianas do casal Bolsonaro (Reprodução/VEJA)

Pouco tempo depois de Rai retornar para as caçarolas do patrão, o caldo entre Marinho e Bolsonaro começou a entornar. Os dois romperam logo após a vitória na eleição. Para a posse em Brasília, Rai foi convidada de honra de Bolsonaro (Marinho ficou de fora). A cozinheira usou um vestido de renda cor da pele, fez fotos com presidente empossado e a primeira-dama.

Ao longo de 2019, Rai seguiu como cozinheira-chefe da casa de Marinho com salário de 4 500 reais e benefícios como plano de saúde para a sua família. Ela viajava com frequência para Miami, onde o empresário tem um imóvel. Também já visitou a Disney levando uma filha em uma viagem com a família de Marinho.

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A cozinheira importada do inimiga no Diário Oficial: salário de 5.658,55 (Reprodução/VEJA)

Mas o tempero da relação não era o mesmo. Segundo algumas pessoas próximas, Rai mostrava-se menos disposta no trabalho. Em outubro de 2019, para surpresa dos patrões, pediu demissão. O fim de uma relação de trabalho de 25 anos veio tendo como cereja do bolo a traição. Um mês depois, em 22 de novembro, Rainê dos Santos, a cozinheira da família Marinho apareceu no Diário Oficial nomeada para o cargo de “assessor técnico no Gabinete Pessoal da Presidência da República”, com salário bruto de 5.658,55 reais.

Rai mora hoje em Brasília na companhia de seus três filhos. O mais velho, Wesley, formou-se tenente do exército no ano passado. Assim como todo o staff de Bolsonaro, ela não posta foto dentro do Palácio nem da cozinha onde dá expediente. A imagem de seu perfil de Facebook segue sendo o mar azul de Miami, tirada da varanda da casa de seu antigo patrão. Procurado por VEJA, Paulo Marinho não quis comentar o caso.

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