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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
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Guedes quer ficar e não vai enfrentar Bolsonaro

Ministro tenta aprovar PEC Fiscal para fazer mercado esquecer intervenção na Petrobras

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 fev 2021, 10h28 - Publicado em 22 fev 2021, 14h06

O ministro da Economia, Paulo Guedes, não pretende pedir demissão e nem contestar publicamente a intervenção da Petrobras pelo presidente Jair Bolsonaro. Desde sexta-feira, quando o governo anunciou a substituição do economista Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Luna no comanda da Petrobras, Guedes tem evitado declarações públicas. Sabe que seria impossível pelo seu histórico de defesa da livre iniciativa concordar com a troca, mas quer ficar no cargo de ministro a todo custo. O silêncio foi a opção.

Em busca de um save face que o mantenha com alguma credibilidade no cargo, Guedes vai se concentrar nos próximos dias na aprovação da nova PEC Fiscal, a proposta de mudança constitucional que permite, simultaneamente, a criação de uma exceção na lei para recriar o Auxílio Emergencial com medidas compensatórias como o congelamento dos salários dos servidores públicos, a desvinculação de gastos como BPC e o abono salarial com os reajustes do salário mínimo e a possibilidade de paralisação de serviços públicos em caso de explosão de gastos.

Esta PEC é resultado da fusão de outras medidas que estavam andando de lado no Congresso desde o final de 2019. Quando compreendeu que a volta do Auxílio Emergencial era inevitável, Guedes impôs as medidas de contenção de gastos como contrapartida. Em tese, dessa forma, o mercado ao assistir a abertura de uma linha de gastos não se assustaria porque a mesma lei permite cortes e suspensões de gastos em outras áreas.

Talvez seja tarde demais. A confiança do mercado no governo Bolsonaro vale um pacote de cloroquina. Hoje pela manhã, as ações da Petrobras caíram 20%. Somadas, as ações de Petrobras, Banco do Brasil, Eletrobras e BR Distribuidora perderam R$ 80 bilhões. O índice Ibovespa que está em 112 mil pontos pode cair a 100 mil nos próximos dias.

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O futuro de Guedes no governo depende agora do Congresso. Se a PEC Fiscal vier com fortes restrições fiscais, o mercado tende a se acalmar e em um mês a Bolsa pode voltar aos 120 mil pontos da semana passada, mas há um fator que nem os que defendem Guedes estão analisando.

Dificilmente o novo Auxílio Emergencial vai custar apenas os R$ 30 bilhões estimados pelo Ministério da Economia. O novo auxílio vai durar até o fim do ano e não deve custar menos de R$50 bilhões.

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