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Posto de gasolina de deputado petista tinha até caça-níqueis

Por falar no deputado Luiz Moura (post anterior), Leio o que segue no Estadão. Volto em seguida. Por Fernando Gallo: O deputado estadual Luiz Moura (PT), que participou de uma reunião com suspeitos de integrar o PCC em março deste ano, foi alvo de uma ação judicial por contravenção penal por ter abrigado máquinas caças-níqueis em […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h46 - Publicado em 28 Maio 2014, 16h30

Por falar no deputado Luiz Moura (post anterior), Leio o que segue no Estadão. Volto em seguida.
Por Fernando Gallo:
O deputado estadual Luiz Moura (PT), que participou de uma reunião com suspeitos de integrar o PCC em março deste ano, foi alvo de uma ação judicial por contravenção penal por ter abrigado máquinas caças-níqueis em um posto do qual era dono. Moura, que hoje é dono de quatro postos de gasolina, foi sócio de um outro na Avenida Cupecê, na zona sul de São Paulo, no qual, em 2007, a polícia encontrou duas máquinas caça-níqueis que o próprio petista afirmou terem sido instaladas pelo homem que gerenciava o estabelecimento. Em 31 de agosto de 2007, a polícia compareceu ao posto após denúncia de que ele estava sendo utilizado para exploração de jogos de azar, o que é uma infração penal passível de punição com pena de prisão simples ou multa.

Levado para averiguação na delegacia, o frentista Marcio Junger Santos, único funcionário que estava trabalhando no momento da apreensão, afirmou que nada sabia, e que a única pessoa que poderia dar algum esclarecimento era ”o gerente Ricardo”. O frentista também afirmou desconhecer o real dono do posto. Pouco mais de um ano e meio após a apreensão das máquinas, em 17 de março de 2009,o delegado José Ademar de Sousa, do 43º Distrito Policial, ouviu Luiz Moura. Na ocasião, ele ainda não exercia mandato parlamentar. Foi eleito em 2010 e assumiu cadeira na Assembleia Legislativa de São Paulo em 2011. O petista declarou à Polícia que quem administrava o estabelecimento era o mesmo Ricardo mencionado pelo frentista, mas não soube informar o seu paradeiro – àquela altura, Moura já deixara de ser sócio do posto.
(…)

Voltei
Esse deputado Luiz Moura não é bolinho, não, como se diz na minha terra. É um empreendedor nato. Em 2005, para obter o perdão judicial, ele assinou uma declaração de pobreza. Vale a pena ler, mais uma vez, seus termos. Continuo em seguida.

atestado de pobreza moura

Dois anos depois, já era dono de posto de gasolina e empregador. Todo mundo sabe que é o tipo de negócio no qual não se entra apenas com alguns trocados. Tente você, leitor, abrir um posto de gasolina para ver se é fácil.

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Todo mundo sabe também — e não estou fazendo uma acusação; trata-se apenas de uma constatação, que qualquer policial da área poderá confirmar — que postos de gasolina são uma das atividades escolhidas pelo crime organizado, inclusive o PCC, para lavar dinheiro. Não publicar essa informação é cometer uma omissão.

O secretário Jilmar Tatto, que é, inequivocamente uma espécie de líder político de Moura — e é outra informação pública em São Paulo — enviou uma carta ao blog afirmando que suas relações com o dito-cujo são apenas institucionais (post anterior). Então tá.

Institucionalmente falando, o que o PT pretende fazer? O deputado estava numa reunião com membros do PCC. Dou uma dica aos petistas caso estejam com alguma dúvida moral a respeito. Façam assim, companheiros: façam de conta que um deputado tucano ou do DEM estivesse numa reunião com membros do partido do crime para combinar ações contra os ônibus da cidade. O que vocês fariam? O que diriam? Que tese defenderiam?

Não é, assim, um exercício muito complicado, é?

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