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Mais de 35 mil pessoas foram mortas por armas de fogo em 2010. Leiam a reportagem e tentem descobrir onde está a empulhação oficial

Minhas caras, meus caros, de vez em quando, este blogueiro pega, digamos assim, algumas empulhações ditas por “especialistas” e prova, com dados e com a lógica, que eles estão dizendo besteira. E aí acontece o quê? Eles ficam zangados e me chamam de “reacionário”. Em vez de argumentar, xingam! Leiam o que vai no Globo. […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 09h55 - Publicado em 12 dez 2011, 22h43

Minhas caras, meus caros, de vez em quando, este blogueiro pega, digamos assim, algumas empulhações ditas por “especialistas” e prova, com dados e com a lógica, que eles estão dizendo besteira. E aí acontece o quê? Eles ficam zangados e me chamam de “reacionário”. Em vez de argumentar, xingam! Leiam o que vai no Globo. Há uma mentira essencial aí contada pelo oficialismo. Vocês começam a desvendar. Na madrugada, trato do assunto.

Por Carolina Benevides, no Globo:
Dados do Ministério da Saúde apontam que 35.233 pessoas morreram, em 2010, assassinadas por armas de fogo. O número corresponde a 70,5% dos 49.932 homicídios cometidos no Brasil, no ano passado. Se forem levados em conta os acidentes, mortes de intenção indeterminada e suicídios, o número chega a 38 mil. Os dados, que ainda são preliminares, mostram uma queda no número de mortes em relação a 2009, quando foram registrados 36,6 mil assassinatos por armas de fogo. No entanto, para Luiz Paulo Barreto, secretário-executivo do Ministério da Justiça, o número ainda é “preocupante”:

“Desde 2004, com a intensificação da Campanha do Desarmamento, o número vem caindo, mas ainda é bastante alto e preocupante”, diz Barreto, lembrando que as mortes por armas de fogo não são apenas as dos “crimes convencionais”: “Acontecem acidentes domésticos, quando uma criança acaba encontrando a arma, brigas de bar, no trânsito, entre vizinhos e até os crimes passionais. São pessoas que não eram criminosas, mas num momento de exasperação, com a arma na mão, atiram e causam um dano social grande.”

“Houve uma redução de 11% no número de homicídios entre 2004 e 2010. Conseguimos quebrar a linha ascendente, mas para mudar essa realidade, para reduzir os números, é preciso reforçar a Campanha de Desarmamento para a sociedade civil, aumentar a fiscalização nas ruas e o policiamento nas fronteiras.”

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Segundo dados do Ministério da Justiça, entre 2004 e 2010, a Campanha do Desarmamento, criada a partir do Estatuto do Desarmamento, recolheu, em todo o país, quase 1 milhão de armas. Este ano, em sete meses, foram entregues 35 mil armas. O Brasil tem pouco mais de 2.860 postos de recolhimento. “Ter aumentado a capilaridade do programa, ter feito com que as indenizações, entre R$ 100 e R$ 300, fossem pagas em 24 horas, além de termos permitido que as entregas fossem anônimas foram medidas importantes. O anonimato fez com que 91 fuzis fossem entregues este ano”, conta Barreto.

“Isso nos mostra que não adianta só policiar as fronteiras para reduzir a entrada de armas. Para diminuir o número de mortes, é preciso também que estados e municípios trabalhem em conjunto para fiscalizar o cidadão comum. A fiscalização pode impedir que as pessoas saiam armadas, além de permitir que a polícia prenda uma pessoa porque ela está armada, mas antes de cometer o crime”, diz Barreto, que alerta ainda para estudos que mostram que pessoas que possuem armas e reagem, por exemplo, a um assalto raramente têm sucesso: “As pessoas têm armas, mas nem sempre fazem manutenção, muitas vezes a munição está vencida, muita gente nem sabe usar ou não tem preparo mesmo para isso. Então, reagir geralmente acaba em desastre.”

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