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Ideli já começa a pôr as suas luzes — não as do cabelo — a serviço do governo

A ministra Ideli Salvatti, que assumiu essa derivação do Ministério da Pesca, que é a pasta das Relações Institucionais, já está dando prestimosa colaboração ao debate. E sua impressionante capacidade de iluminar o confronto político já se faz sentir. Estava aqui a pensar que figura do Iluminismo poderia ser associada à ministra: Voltaire, Rousseau, Montesquieu… […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 11h33 - Publicado em 21 jun 2011, 20h36

A ministra Ideli Salvatti, que assumiu essa derivação do Ministério da Pesca, que é a pasta das Relações Institucionais, já está dando prestimosa colaboração ao debate. E sua impressionante capacidade de iluminar o confronto político já se faz sentir. Estava aqui a pensar que figura do Iluminismo poderia ser associada à ministra: Voltaire, Rousseau, Montesquieu… Não! Acho que ela fica bem de Diderot. Não está lá pelos dons da natureza senão por seu enciclopédico conhecimento, tantas vezes demonstrado quando, aos gritos, enterrava CPIs e defendia José Sarney e Renan Calheiros. Leiam o que segue. Volto em seguida.

Ideli rebate líder e nega revisão em sigilo de obras da Copa

Na Folha Online:
A ministra Ideli Salvatti afirmou nesta terça-feira que o governo não pretende fazer modificações no projeto que determina o sigilo no orçamento das obras da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. Horas antes, no Congresso, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que os senadores poderiam “promover ajustes” na medida provisória aprovada pela Câmara. Ele afirmou que não pretende deixar para a presidente Dilma Rousseff a tarefa de vetar o polêmico artigo que impõe o sigilo.

Ao falar à imprensa, Ideli afirmou que o Planalto não concorda com modificações no projeto que saiu da Câmara. “Até porque temos pouco tempo para o projeto tramitar.” Questionada sobre a fala de Jucá, a ministra disse que “o fato é que houve uma interpretação equivocada da medida que prevê o sigilo. Ela serve para manter a competitividade. Se eu quero construir uma casa, não vou anunciar quanto estou disposta a pagar”.

Ideli afirmou também que conversou com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que compreendeu a posição do governo e que não se oporá à manutenção do texto como chegou à Casa. O sigilo foi aprovado pela Câmara na semana passada. Conforme a Folha revelou, foi incluído por uma manobra de última hora na medida provisória que altera a Lei das Licitações e flexibiliza os contratos de obras e serviços dos dois eventos esportivos. A mudança no texto tirou dos órgãos de fiscalização, como os tribunais de contas, o direito de consultar os orçamentos estimados pelo governo antes da escolha das empresas responsáveis pela execução dos projetos.

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Comento
Huuummm… É, leitor, na sua vida privada, você, de fato, não diz ao empreiteiro contratado ou ao pedreiro, de antemão, quanto pretende pagar; antes, diz o que quer e ouve as propostas. Como o seu dinheiro tem limite, você fará uma escolha na média entre o bom e barato, de acordo com o seu caixa. Ah, sim: ninguém tem nada com isso, não é mesmo?

O caixa do governo é inesgotável. E governante não está lá cuidando de dinheiro privado, mas de dinheiro público. A ser como quer Ideli, então a Lei de Licitações tem de ser jogada no lixo. E já! E toda e qualquer obra terá uma estimativa secreta de custos, que a ninguém interessará, a não ser aos órgãos de vigilância — e, ainda assim, se eles solicitarem os dados.

Que coisa! Vejam só o que estamos discutindo na democracia brasileira: se os gastos do governo devem ou não ser conhecidos pelo povaréu. Como se vê, o PT é amarradão em manter sigilos, né? Menos o bancário e o fiscal de seus adversários…

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