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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Criticar Gilmar Mendes corresponde a punir a vítima. Ou: Cedendo ao gangsterismo, que chegou à Wikipédia

Está em curso,  e com endosso de parte da imprensa paulista, um esforço para inverter os sinais do confronto entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Aqui e ali, sobram críticas ao tom das entrevistas dadas por Mendes, que está sendo censurado por ter ido […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 08h44 - Publicado em 31 Maio 2012, 08h11

Está em curso,  e com endosso de parte da imprensa paulista, um esforço para inverter os sinais do confronto entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Aqui e ali, sobram críticas ao tom das entrevistas dadas por Mendes, que está sendo censurado por ter ido ao encontro com Lula. Por que não iria? Já indaguei aqui e o faço de novo: um ministro do Supremo está impedido de conversar com um colega, que já foi membro do tribunal, e com um ex-presidente da República, com quem sempre manteve relações cordiais, diga-se? Já sugeri: vamos fazer do nosso STF, então, um tribunal de vestais, o que lhes parece? Trata-se de uma assertiva ridícula. No ano passado, Lula manteve conversas privadas com cinco dos 11 membros do STF.

Esses setores que fazem críticas veladas ou explícitas a Mendes estão é tentando enfiar a cabeça no buraco, feito o avestruz do clichê — consta que o bicho jamais fez isso, coisa típica de idiotas, não de avestruzes. Buscam minimizar a gravidade da ação de Lula, tentando dividir as responsabilidades, como se isso mudasse a natureza daquele evento.

Suponho, mas me parece certo, que o ministro percebeu que o outro tentava chantageá-lo. “Ah, por que não denunciou antes?” Certamente para evitar o sururu que está aí e porque desconfiava que, em certas áreas, de vítima que foi, passaria a ser tratado como vilão.

O ministro se deu conta do que estava em curso, mas deve ter apostado (isso infiro eu) que Lula não levaria adiante a ameaça.  É certo que os estafetas do petismo deram curso à mentira de que o ministro teria viajado à Alemanha às expensas de Carlinhos Cachoeira. Vejam a latrina em que se transformaram os blogs que hoje servem ao lulo-petismo, todos financiados com dinheiro público (ou de governos petistas, incluindo o federal, ou de estatais). As insinuações ou afirmações mesmo de que Mendes teria aceitado os préstimos do bicheiro ganharam a rede. Parlamentares pistoleiros e gângsteres — os nomes são esses mesmos — passaram a repetir a mentira.

O caso é tão escandaloso que até a Wikipédia, alertou-me ontem um leitor — hoje, não vi — trazia a informação de que o ministro é ligado a Cachoeira.

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PERGUNTA-SE: ATÉ QUANDO DILMA ROUSSEFF VAI PERMITIR QUE O DINHEIRO PÚBLICO FINANCIE ESSA SUJEIRA?

Até quando a presidente da República assistirá, impassível, ao uso de dinheiro público para financiar páginas que têm o propósito principal de defender mensaleiros, difamar líderes da oposição, atacar um membro do Supremo e a imprensa independente? Em quais outras democracias se fazem coisas semelhantes?

Se Mendes tivesse feito a denúncia no dia seguinte, a reação contra ele teria sido a mesma. A questão de fundo, e isto precisa ser adequadamente tratado, é a máquina de difamação montada com dinheiro de todos os brasileiros para atender a uma ala de um partido político. Alguns ministros do Supremo querem fazer de conta de que a coisa não lhes diz respeito? É mesmo? Um dia chegará a sua vez. A menos que façam todas as vontades de chantagistas e difamadores.

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