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Como fica o ministério ainda gigante de Dilma

Na VEJA.com: Depois de dez meses de resistência, a presidente Dilma Rousseff cedeu e reformulou seu governo para tentar frear o processo de impeachment que germina na Câmara dos Deputados. A partir de segunda-feira, a máquina pública passa a ser regida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo PMDB, fiel da balança no […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 00h23 - Publicado em 2 out 2015, 16h49

Na VEJA.com:
Depois de dez meses de resistência, a presidente Dilma Rousseff cedeu e reformulou seu governo para tentar frear o processo de impeachment que germina na Câmara dos Deputados. A partir de segunda-feira, a máquina pública passa a ser regida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo PMDB, fiel da balança no arranjo político que pode manter a presidência em sua cadeira, ou desalojá-la.

Nesta sexta-feira, Dilma cortou oito das 39 pastas antes existentes, menos do que o esperado, e o que não lhe tira a distinção negativa de estar cercada por um dos maiores ministérios do planeta – Barack Obama administra a maior economia do mundo auxiliado por 22 secretários. O efeito positivo da desidratação ministerial deve ser o fim de 3.000 cargos comissionados em Brasília. O restante das medidas tem mais caráter populista do que reflexo significativo no Orçamento: os salários dos ministros e da própria Dilma – 30.934,70 reais – serão reduzidos em 10% e os voos em primeira classe estão suspensos.

No xadrez político, a operação anti-impeachment entregou sete pastas, com orçamentos robustos em ano pré-eleitoral, ao PMDB. É o maior quinhão já concedido ao partido desde que Lula assumiu o poder em 2003. O PMDB não só ganhou terreno, mas indicou dois deputados pouco conhecidos para comandar a Saúde e Ciência e Tecnologia, pastas dotadas de programas de alta capilaridade nas bases eleitorais e emendas parlamentares prontas para serem liberadas a granel. No próximo ano, uma parte significativa da bancada peemedebista deve ir às urnas tentar um mandato de prefeito ou se empenhará para eleger aliados nos rincões do país. O afago à bancada de deputados é uma tentativa sem máscara de manter ao menos dois terços dos sessenta parlamentares tutelados ante o desejo do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de fazer o impeachment correr e tirar Dilma do cargo até o final do ano.

No caso do PT, engana-se quem pensa que o partido perdeu força. Além de despachar o desafeto Aloizio Mercadante do Palácio do Planalto – foi realocado na Educação -, Lula instalou um dos seus melhores amigos na chefia da Casa Civil, Jaques Wagner, e um nome fisiológico na nova Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini. Este último já foi presidente do PT, tem raiz no sindicalismo e interlocução com os movimentos sociais, atributos considerados cruciais por Lula num ano marcado por protestos nas ruas contra Dilma e a dilapidação da imagem do PT. Ou seja, a regência do governo ficará nas mãos de Lula.

Após 275 dias de resistência, Dilma fez o que não queria e montou um governo provisório para enfrentar os piores dias de crise política e econômica que ainda vão chegar.

Confira as mudanças no primeiro escalão presidencial

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Jaques Wagner (PT) – deixa Defesa e assume Casa Civil

Aldo Rebelo (PCdoB) – assume Defesa e deixa Ciência e Tecnologia

Miguel Rossetto (PT) – deixa Secretaria-Geral e assume Trabalho e Previdência (unificados)

Aloizio Mercadante (PT) – deixa Casa Civil e volta à Educação

Nilma Lino – assume Cidadania (fusão das Secretarias da Igualdade Racial, Direitos Humanos e Mulheres)

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Ricardo Berzoini (PT) – assume Governo (fusão das Secretarias Geral da Presidência e Relações Institucionais)

Helder Barbalho (PMDB) –     deixa Pesca e assume Portos

 

Ministros novos e demitidos

Marcelo Castro (PMDB) – assume Saúde

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Celso Pansera (PMDB) – assume Ciência e Tecnologia

André Figueiredo (PDT) – assume Comunicações

Renato Janine Ribeiro – demitido da Educação

Arthur Chioro (PT) – demitido da Saúde

Edinho Araújo (PMDB) – demitido de Portos

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Pepe Vargas (PT) –  demitido de Direitos Humanos

Guilherme Afif Domingos (PSD) – deixa Micro e Pequena Empresa (anexada a Desenvolvimento e Indústria)

Eleonora Menicucci (PT) – demitida de Políticas para as Mulheres

Carlos Gabas – deixa a Previdência Social (anexado ao Trabalho)

Manoel Dias (PDT) – demitido do Trabalho

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Mangabeira Unger (PMDB) – deixa a Secretaria de Assuntos Estratégicos (extinta)

 

Ministérios inalterados

Gilberto Kassab (PSD) – Cidades

Joaquim Levy – Fazenda

Nelson Barbosa (PT) – Planejamento

Edinho Silva (PT) – Comunicação Social

Mauro Vieira – Itamaraty

Patrus Ananias (PT) – Desenvolvimento Agrário

Kátia Abreu (PMDB) – Agricultura

Eduardo Braga (PMDB) – Minas e Energia

Juca Ferreira (PT) – Cultura

José Eduardo Cardozo (PT) –  Justiça

Tereza Campello (PT) – Desenvolvimento Social

Henrique Eduardo Alves (PMDB) – Turismo

Armando Monteiro (PTB) – Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

George Hilton (PRB) – Esportes

Gilberto Occhi (PP) – Integração Nacional

Antônio Carlos Rodrigues (PR) – Transportes

Izabella Teixeira – Meio Ambiente

Luís Inácio Adams (PT) – Advocacia Geral da União

Alexandre Tombini – Banco Central

Valdir Simão (PT) – Controladoria Geral da União

General José Elito –  Segurança Institucional (secretaria perde status de ministério)

Eliseu Padilha (PMDB) – Aviação Civil

 

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