Ah, mas é bom demais!!! Ou: Vertigens visionárias que não carecem de seguidores
Dei uma espiada nos comentários, e já há lá alguns indignados. Entre as delicadezas, há coisas assim: “Quem é você para criticar Caetano Veloso, seu …”. E aí se pode escolher o xingamento, de A a Z. Quase sempre vêm acompanhados de uma desafio: “Quero ver se você publica…”. Por que eu deveria? Precisam da […]
Dei uma espiada nos comentários, e já há lá alguns indignados. Entre as delicadezas, há coisas assim: “Quem é você para criticar Caetano Veloso, seu …”. E aí se pode escolher o xingamento, de A a Z. Quase sempre vêm acompanhados de uma desafio: “Quero ver se você publica…”. Por que eu deveria? Precisam da minha ajuda até para me odiar. Façam isso sem mim, ora!
Quem sou eu? O “Azevedo”, como me chama Caetano, que quer dizer “Hollywood” (ver uma de suas músicas). Na semana que passou, eu não gostei de uma entrevista do papa — e eu, que sou um papa-hóstia, disse por quê.
Um amigo me enviou um e-mail propondo outra leitura. Não citei o nome dele porque não havia pedido autorização. Meus amigos sabem que nunca os meto nas minhas pinimas. Certas vertigens visionárias não carecem de seguidores, não é mesmo, Caetano Veloso? Quem me enviou aquele texto foi o jornalista Márcio Antônio Campos, que trabalha no jornal “Gazeta do Povo”, do Paraná, onde mantém também um blog chamado Tubo de Ensaio, que trata de ciência e fé.
Eu sei que discordar de uma opinião do papa — quiçá das decisões de Jesus Cristo — a muitos parecerá menos grave do que apontar falhas no raciocínio de Caetano. Fazer o quê? Certa feita, consegui fazer com que o Vaticano mudasse uma tradução oficial (“ih, lá vem você com isso de novo…” — sim, mas aconteceu). Lá de onde venho, a gente não tem medo de dizer “sim” quando acha que tem de dizer “sim” e “não” quando “não”.
É assim que funciona.