Wizard avisa à CPI que está nos EUA e pede depoimento virtual
O empresário é suspeito de integrar o tal "ministério paralelo da Saúde" de Jair Bolsonaro
Procurado pela CPI da Pandemia há mais de duas semanas, o empresário Carlos Wizard finalmente respondeu à comissão, nesta segunda-feira, para informar que está desde o último dia 30 de março nos Estados Unidos acompanhando o tratamento médico de um familiar. Por isso, ele solicitou que o seu depoimento seja feito por meio virtual. O pedido não deve prosperar, já que o presidente do colegiado, Omar Aziz, já se manifestou contra a medida para qualquer depoente.
Os senadores aprovaram a convocação de Wizard há 19 dias, em 26 de maio. A oitiva está marcada para esta quinta-feira, mas o empresário vinha ignorando as várias tentativas de notificação por parte dos técnicos do Senado.
O empresário é suspeito de integrar o tal “ministério paralelo da Saúde” de Jair Bolsonaro. Por conta do sumiço de Wizard, Aziz decidiu convocar para o mesmo dia o servidor do TCU que inventou um relatório sobre mortes na pandemia, usado por Bolsonaro para espalhar fake news.
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O documento enviado pelos advogados do empresário à CPI alega que, por conta da “imperiosa necessidade” de ficar nos Estados Unidos, se ele deixar o país para comparecer à CPI, não poderá retornar de imediato por conta das restrições de entrada impostas pelos americanos, em ordem executiva do dia 25 de janeiro.
O argumento é que o ato impede que qualquer pessoa ingresse no território americano se tiver passado pelo Brasil nos 14 dias anteriores, o que torna necessário um período de quarentena em um terceiro país. Wizard também apresentou à comissão um documento para comprovar sua entrada nos Estados Unidos, há dois meses e meio.