Um ano depois, defesa de Eduardo Bolsonaro ao AI-5 não andou na Câmara
Processo é o mais atrasado no Conselho de Ética entre os 21 casos no colegiado
Ontem completou um ano que PSOL, PCdoB e PT representaram contra Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética por sua defesa que fez do AI-5, o famigerado ato que endureceu o regime militar, fechou Congresso, cassou mandatos e perseguiu, desapareceu e eliminou opositores da esquerda.
E esse processo, até hoje, praticamente não andou no conselho. É o mais atrasado dos 21 casos protocolados no conselho.
O relator da ação contra Bolsonaro, o deputado Igor Timo (Podemos-MG) – alinhado com o bolsonarismo – sequer apresentou o chamado parecer preliminar, que irá decidir se a denúncia procede ou não e se deve prosseguir.
Varios casos que foram protocolados depois desse de Eduardo avançaram muito mais e até já teve casos arquivados.
Em outubro de 2019, Eduardo declarou que a esquerda brasileira poderia radicalizar e voltar a ações da luta armada e a sequestrar embaixadores.
E declarou:
“Se a esquerda radicalizar a esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta. E a resposta, ela pode ser via um novo AI-5, via uma legislação aprovada através de um plebiscito”, afirmou o filho de Jair Bolsonaro.
A suspensão do Conselho de Ética com a pandemia não seria impeditivo para o relator entregar seu parecer.
Se o conselho retornar esse ano, o que parece difícil, o processo contra Eduardo irá seguir sendo protelado.