STJ julgará mulher que furou blitz e desafiou: ‘só pobre fica preso’
No aniversário de 10 anos da Lei Seca, decisão dos ministros indicará se a ré, suspeita de embriaguez, tinha razão
A comerciante Christiane Ferraz Magarinos virou notícia em 2013 ao fazer duas grandes bobagens numa mesma noite, no Rio de Janeiro.
Furou uma blitz da Lei Seca – que, aliás, acaba de completar 10 anos em vigor – e foi presa em flagrante. Mas não só.
Segundo os policiais, na delegacia, além de se auto-declarar rica e influente, ela vociferou que no Brasil “só pobres e favelados ficam presos”.
Christiane acabou processada por desacato, resistência à detenção, desobediência, coação e corrupção passiva. Também de acordo com os PMs, ela tentou suborná-los.
A comerciante foi condenada em primeira instância a três anos e 25 dias de prisão em regime aberto, mas recorreu da sentença.
O Tribunal de Justiça do Rio a inocentou – corroborando a tese pregada pela ré na delegacia. O Ministério Público estadual, então, foi ao STJ contra a batida de martelo do TJ.
Na próxima terça, a decisão dos ministros da quinta turma confirmará se Christiane sabia o que estava falando ou se precisará acertar as contas pelo que fez e disse.