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Os desafios do amigo de Bolsonaro no comando da Polícia Federal

Alexandre Ramagem chega ao topo da corporação após antecessor ser demitido por se recusar a vazar informações privilegiadas ao presidente

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 abr 2020, 08h19 - Publicado em 28 abr 2020, 06h28

O delegado Alexandre Ramagem está na Polícia Federal há quinze anos. Nesse período, já foi acusado, como revelam conversas da Lava-Jato publicadas pelo site The Intercept Brasil, de ser petista e amigo de servidores corruptos. Com a chegada de Jair Bolsonaro ao Planalto, o policial tornou-se amigo da primeira família. Com tantas fases na carreira, essa é, sem dúvida, a mais desafiadora.

Nomeado para comandar uma corporação que nunca conviveu bem com aparelhamento político, Ramagem terá de vencer desconfianças de que só chegou ao topo da corporação por aceitar romper certos limites que seu antecessor, Maurício Valeixo, não rompeu. Isso tudo dito e assumido pelo próprio presidente da República, curioso por obter “relatórios de inteligência” para tomar suas decisões presidenciais.

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Bolsonaro, como Sergio Moro deixou evidente nas conversas de WhatsApp, teme o avanço das investigações em curso no Supremo Tribunal Federal contra seus filhos e aliados. Também gostaria de ter uma polícia que atuasse com mais vigor contra seus inimigos políticos.

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Esse filme já foi visto nos governos petistas de Lula, como revelou em seu livro, Assassinato de Reputações, Um Crime de Estado, o ex-secretário Nacional de Justiça Romeu Tuma Junior. Nesse período, segundo Tuma Junior narrou ao repórter Claudio Tognolli, o escritor da obra, a PF operava como fábrica de dossiês, vasculhando a vida de políticos tucanos considerados uma ameaça ao projeto de poder petista.

Em 2013, VEJA revelou o conteúdo do livro de Romeu Tuma Junior: “Durante todo o tempo em que estive na Secretaria Nacional de Justiça, recebi ordens para produzir e esquentar dossiês contra uma lista inteira de adversários do governo. 0 PT do Lula age assim. Persegue seus inimigos da maneira mais sórdida. Mas sempre me recusei. (…) Havia uma fábrica de dossiês no governo. Sempre refutei essa prática e mandei apurar a origem de todos os dossiês fajutos que chegaram até mim”. (VEJA/VEJA)

No caso dos filhos, a turma envolveu-se no chamado gabinete do ódio, a estrutura financiada com dinheiro de empresários com contratos no governo para atacar as instituições do país, além de difamar e perseguir adversários do Planalto.

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Para agradar o chefe, Ramagem também vai ter de colocar como prioridade da corporação a caçada ao mandante da facada, a mente por trás da ação de Adélio Bispo. Desde o ano passado, gente próxima ao presidente realiza uma investigação paralela do caso, entrevistando pessoas e fazendo incursões no interior de Minas Gerais. Vem desse investigador informal a frase repetida pelo presidente de que a PF investiga mais o assassinato da vereadora do PSOL Marielle Franco do que o atentado contra sua vida.

Ramagem deve sua nomeação a Bolsonaro. Um “muito obrigado” e “farei meu melhor” são suficientes para retribuir tal escolha. A primeira família, no entanto, é conhecida por exigir muito mais de seus aliados. É aí que mora o perigo.

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