‘O presidente tomou a decisão correta’, diz Guedes ao lado de Bolsonaro
Ministro da Economia faz nesse momento pronunciamento sobre o Auxílio Brasil, que provocou quatro baixas na sua equipe
Ao lado de Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, faz neste momento um pronunciamento sobre o que classificou de “muito barulho” sobre o Auxílio Brasil de 400 reais fora do teto de gastos — que provocou quatro demissões na sua equipe. No meio da sua detalhada explicação sobre a confusão, Guedes deu o seguinte veredito favorável ao chefe:
“O presidente tomou a decisão correta. Nós vamos simplesmente inviabilizar os projetos sociais? Não”.
O ministro começou sua explanação afirmando que daria um esclarecimento importante por ter havido muito barulho.
“Porque nós tínhamos um plano de fazer, justamente, dentro do teto, o Bolsa Família, que seria em torno de 300 [reais], e ao mesmo tempo o Imposto de Renda, que daria a fonte. Então você tem o espaço fiscal, pra fazer o Bolsa Família, e tinha a fonte, que seria o Imposto de Renda”, declarou Guedes.
Ele então lembrou do “meteoro” que representa o pagamento dos precatórios “muito mais do que estava previsto” e disse que o governo tinha que tomar uma decisão para referendar a decisão de Bolsonaro.
“Mas como o Imposto de Renda não avançou no Senado, foi aprovado na Câmara, nós perdemos a fonte, nós não tínhamos o dinheiro pra pagar mais aqueles 300 [reais]. A desvantagem é que perdemos a fonte. Mas o presidente chamou atenção da equipe toda, e a equipe que eu digo não é a Economia só, toda equipe de ministros, e disse: ‘ó, eu tô sem essa fonte pra fazer um programa permanente, mas nós não podemos ajudar? Não pode ser um programa temporário?”‘ Temporário, inclusive, pode ser um pouco acima. Porque já que 50% da inflação no mundo inteiro foi comida e energia — a comida tá mais cara, a energia tá mais cara, o gás de cozinha —, nós não podemos deixar os mais frágeis desprotegidos”, justificou.
Guedes então relatou o que determinou Bolsonaro para sua equipe:
“O presidente disse o seguinte: ‘vamos dar 400 reais pelo menos pra cada família. Então vamos ampliar a base de 14 milhões pra 17 milhões de famílias e vamos ampliar o valor de 179 pra 400 reais’. Isso é mais de 100% de aumento. Ou seja, estendendo o olhar para os mais frágeis e desprotegidos, vamos pagar mais. Mas eu dizia que nós só tínhamos espaço no teto para 300. Então, naturalmente, você criou um problema. Qual o problema? Por um lado, você quer ajudar os mais frágeis, e é natural, e a ala política, e isso é que eu acho que criou todo esse barulho”.