Moraes recebeu pedido para liberar provas contra filho de Bolsonaro
Inquérito para apurar negócios suspeitos de Jair Renan Bolsonaro foi aberto em março pela PF
O ministro Alexandre de Moraes recebeu um pedido, há cerca de duas semanas, para compartilhar provas do inquérito que investiga uma suposta milícia digital de bolsonaristas com o que apura negócios suspeitos de Jair Renan Bolsonaro, aberto em março desse ano pela PF.
A autoridade policial responsável pelo inquérito citou informações referentes a Allan Gustavo Lucena do Norte, ex-personal trainer e sócio do filho 04 do presidente Jair Bolsonaro para solicitar o compartilhamento de “eventuais elementos disponíveis no arcabouço probatório das investigações de vossa presidência que, eventualmente, possam corroborar ou afastar as hipóteses investigativas aventadas no referido Inquérito Policial Federal”.
“As diligências substanciadas no IPL 2021.0017297, ainda em andamento, indicam a associação estável entre os srs. JAIR RENAN VALLE BOLSONARO e sr. no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade. O núcleo empresarial apresenta cerne em conglomerado minerário/agropecuário, empresa de publicidade e outros empresários”, aponta o pedido, endereçado à delegada Denisse Ribeiro no último dia 8 de outubro.
“Do exposto, pelo presente, solicito os préstimos de Vossa Excelência para, se possível, compartilhar elementos provas que eventualmente corroborem ou não com os vínculos dos investigados e possam contribuir para o esclarecimento dos fatos investigados”, acrescenta.
A delegada encaminhou o requerimento no último dia 25 de novembro para Moraes.
O inquérito traz conversas de Lucena com o jornalista bolsonarista Oswaldo Eustáquio.