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Lucro da Petrobras, o novo alvo no governo Bolsonaro

Depois de o presidente pregar que a estatal deve ter lucro 'não muito alto', ministro compartilhou texto sobre o 'lucro que envergonha o país'

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 nov 2021, 11h39

Pressionado pelas sucessivas altas no preço da gasolina e pela inflação, o presidente Jair Bolsonaro defendeu na semana passada que a Petrobras “tem que ter seu viés social, no bom sentido” e “tem que ser uma empresa que dê um lucro não muito alto, como tem dado”, para os seus acionistas. A declaração ocorreu na última quinta-feira, quando a estatal informou que obteve lucro de 31,14 bilhões de reais apenas no terceiro trimestre deste ano.

A mensagem não passou batida no governo. No fim de semana, um ministro próximo do presidente, com quem ele tem viajado com frequência, divulgou pelo WhatsApp o editorial do jornal carioca “Correio da Manhã”, intitulado “Um lucro que envergonha o país”.

“A estatal vem trabalhando só para os acionistas. A sua função social é jogada no lixo. O monopólio do petróleo só tem serventia para o povo, que é quem na verdade o outorga, se o lucro for revertido para o país. Não se trata de uma empresa apenas comercial. É uma companhia estatal que detém a exclusividade de um setor altamente lucrativo”, diz um trecho do texto.

Em outra passagem, a publicação diz que “não há justificativa que seja aceita” para quem para em um posto de gasolina no Rio, com o litro custando mais de 8 reais. E acrescenta: “O lucro da Petrobras agrada a um minoria de acionistas, agrada a CVM [Comissão de Valores Mobiliários], mas impulsiona a inflação, pega em cheio os caminhoneiros e destrói a credibilidade do Governo Bolsonaro”.

O editorial defende ainda que privatizar a Petrobras é a solução. e que “não podemos fazer o jogo das petroleiras de Houston no Texas”. “O nosso petróleo não é negro, é verde e amarelo”, concluiu o texto.

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Bolsonaro vem demonstrando preocupação com o preço dos combustíveis desde o ano passado, e vinha mirando sua artilharia contra o ICMS cobrado pelos governos estaduais. Na semana passada, o Conselho Nacional de Política Fazendária, órgão colegiado formado pelo governo federal e representantes dos estados, decidiu congelar por 90 dias o imposto cobrado sobre os combustíveis derivados do petróleo.

No dia seguinte à crítica de Bolsonaro, o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, enfatizou em uma teleconferência com investidores que a estatal “não persegue o lucro pelo lucro”. “O nosso objetivo é retornar valor para os nossos acionistas e para a sociedade, por meio de impostos, dividendos e geração de empregos e investimentos”, comentou.

“Quanto mais saudável e geradora de recursos, mais a empresa consegue devolver riquezas à sociedade em forma de tributos, para municípios, Estados e União”, complementou  o general Silva e Luna, que tomou posse no comando da Petrobras em abril.

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