Luiz Fernando Pezão e Eduardo Paes tiveram uma longa – e dura – conversa sobre o futuro do ex-prefeito pouco antes de o Rio viver o “monotema” da intervenção.
Na ocasião, Paes manteve-se em cima do muro, sem anunciar se deixará o MDB para concorrer ao governo do estado por outro partido, e queixou-se do colega.
Acusou Pezão de ser omisso e não dizer o que pensa aos seus companheiros. O governador não gostou e mandou: “Você quer saber mesmo o que penso? Então senta aí que vou falar”.
E falou, ininterruptamente, por duas horas. Em tom ameno, porém, firme, criticou os flertes do correligionário com outras legendas, admitiu que o MDB não tem plano B para a eventual desfiliação do ex-prefeito e disse para o interlocutor não se iludir.
Ao fim,o clima amainou.
Pezão assegurou que, caso o correligionário decida migrar de sigla, não pode assegurar que fará campanha ostensiva para ele.
Adiantou, no entanto, que estaria disposto a marcar reuniões de Paes com prefeitos do interior do Rio.
Era tudo o que Paes queria ouvir.