“Chocada e com pena”, diz Paula Lavigne sobre fala de Regina Duarte
Amigos e artistas repudiam entrevista da secretária de Cultura
Amigos de Regina Duarte e integrantes da classe artística repudiaram a entrevista concedida à CNN pela secretária de Cultura nesta quinta (7) em que ela minimizou a ditadura, citou Hitler e Stalin e disse que a pandemia do coronavírus “trouxe muita morbidez”.
Ao vivo, a atriz afirmou que não pretende deixar o cargo e se recusou a assistir um vídeo feito pela atriz Maitê Proença com questionamentos do setor cultural. Visivelmente contrariada, encerrou sua participação no telejornal.
Interlocutores de Regina afirmam que a entrevista caiu como uma bomba nos grupos de artistas. “As pessoas estão escandalizadas, chocadas”, disse ao Radar um amigo próximo da atriz que falou reservadamente. Uma amiga, também sob condição de anonimato, deu um ultimato: “Acabou. É o fim da linha”.
A empresária Paula Lavigne contou ao Radar que a fala da atriz, com quem ela já trabalhou, a deixou “chocada e com pena”.
Eduardo Barata, fundador e presidente da Associação de Produtores Teatrais (APTR), se disse surpreso. “Nós não esperávamos esse tipo de comportamento dela enquanto Secretária de Cultura. Achávamos que ela seria alguém que prezaria pelo diálogo, pela conversa com os que pensam diferente. E não é isso o que estamos vendo, lamentavelmente”, afirmou.
A atriz Elisa Lucinda criticou a postura “desconectada” e “autoritária” de Regina com a imprensa. “Que tristeza assistir a Regina exposta assim. Desconectada da pandemia, das mortes. Brigando com jornalistas. Subestimando a tortura que assassinou tantos contemporâneos dela… tanta gente importante na arte”, comentou em uma rede social.