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Bens de líder do PP na declaração de Collor movimentaram milhões

Bens duplicados nas relações de Artur Lira e Fernando Collor foram declarados abaixo do valor de mercado

Por Pedro Carvalho Atualizado em 4 set 2018, 08h36 - Publicado em 4 set 2018, 08h36

A coligação de Fernando Collor (PTC-AL) com Artur (PP-AL) e Benedito de Lira (PP-AL) carrega algumas curiosidades.

Não são poucos os imóveis que foram duplicados nas prestações de conta de Collor e Arthur Lira. Bens do líder do PP apareciam no registro do TSE do ex-presidente até serem revelados em reportagem do Buzzfeed, nesta segunda (3). Após a matéria, os bens foram retirados da lista de Collor, mas até agora ninguém sabe explicar a duplicata.

A história, entretanto, não termina por aí.

Os bens declarados em ambas as candidaturas não correspondem ao seus respectivos valores de mercado. Com uma ou outra exceção, via de regra, os preços foram jogados para baixo.

Metade da Fazenda Santa Maria, em São Sebastião (AL), com 476,3 hectares – cerca de 4 760 000 m² -, foi avaliada na declaração de Collor em apenas 1 517 reais. Trata-se, na verdade, de um bem de Lira, avaliado pelo deputado em 104 000 reais. Quem quiser adquirir o terreno, entretanto, levando-se em conta seu valor de mercado, não vai pagar menos do que 4 000 000. Como Lira — ou Collor — possuí apenas metade da terra, faltaram alguns milhares de reais em ambas as declarações.

Igualmente é metade da Fazenda Pedras, no mesmo município. Dedicada à produção de cana de açúcar, com 201 432 m², foi declarada pelo senador ao valor de 3 794 reais. Propriedade da família Lira, o bem foi declarado ao valor de 15 000 reais. Um terreno desse tamanho não seria vendido por menos de 170 000 reais.

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Uma Saveiro Volkswagen 201/2018, declarada pelo aspirante a governador como um bem de “linha telefônica”, custou só 1 110 reais. Lira, ao declarar o mesmo veículo por 37 800 reais, chega um pouco mais de perto de um valor factível: 32 000 reais.

Outra curiosidade é o apartamento de luxo no bairro de Ponta Verde, em Maceió, declarado como loja por Collor ao módico valor de 2 813 reais. Quem mora por lá, na verdade, é a ex-mulher de Lira, em disputa na Justiça pelo bem. O imóvel, ao que consta na ficha do pepista, é avaliado em 471 558 reais. Para o mercado, não é nem uma coisa nem outra: 1 100 000 reais seria mais correto pelo m² do bairro.

Apartamento avaliado em 2 813 reais (Reprodução/Reprodução)

Metade de uma lancha de 40 pés duplicada em ambas as declarações foi avaliada por Collor em 3 794 reais. Lira declarou-a por 100 000. Não é para tanto também: com cerca de 40 000 reais consegue-se comprar um modelo parecido.

Há outro exagero: a mesma Pajero vale 342 810 reais para o ex-presidente e 225 000 para o deputado. Com cerca 165 mil compra-se uma no mercado de seminovos.

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Não para por aí. Foram duplicados também um lote de terrenos em Maceió. Collor o declarou valendo 72 104 reais; Lira, 508 000. É mais: quem conhece, garante que a venda não sai por menos de 900 000 reais.

Somando-se todos os bens duplicados pelo seu valor de mercado, tem-se uma movimentação de 7 502 000 reais. Considerando-se apenas a declaração de Collor, os mesmos bens não passam de 462 000reais.

 

 

 

 

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