Ameaçado por Onyx, deputado quer colete à prova de balas para falar na CPI
Luis Miranda afirmou ao Radar que pediu a proteção para ele e o irmão, servidor do Ministério da Saúde
Sem a proteção policial requisitada pela CPI da Pandemia à PF, o deputado federal Luís Miranda afirmou ao Radar no fim da manhã nesta sexta-feira que pediu coletes à prova de bala para que ele e seu irmão, o servidor do Ministério da Saude Luis Ricardo Miranda, deponham no Senado. A oitiva está marcada para começas às 14h.
“Eu já avisei à segurança do Senado, que já entrou em contato conosco, que eles tragam um colete à prova de bala pra mim e pro meu irmão porque, realmente, os movimentos são movimentos muito perigosos. Ameaças que eu já sofri, de que eu vou me ver com eles, feitas pelo Onyx, né? Infelizmente não dá pra confiar que nada não possa estar sendo planejado. Podem querer colocar a culpa num doido, num militante apaixonado pelo presidente, mas no fundo a gente sabe o que pode acontecer”, declarou Miranda, em mensagem de áudio enviada pelo WhatsApp.
Na quinta-feira, o deputado pediu à CPI que determine a prisão do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, e do assessor especial da Casa Civil Elcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, por terem ameaçado ele e seu irmão em pronunciamento à imprensa na noite de quarta.
“Eu quero colete à prova de bala, carro blindado aqui em casa, pra daqui a gente sair pra cumprir a nossa missão patriota de mostrar pro povo brasileiro a verdade”, acrescentou Miranda.
O Radar apurou que, até a última quinta, a CPI não havia recebido nenhuma informação sobre medidas de proteção adotadas pela Polícia Legislativa do Senado para garantir a segurança do deputado e seu irmão.
Miranda concluiu a mensagem com uma promessa:
“Eu falarei muito pouco e mostrarei muito. Todas as conversas, todos os documentos vão todos falar por si só”.